Presidente da Junta de Rabo de Peixe considera testagem uma “megaoperação”
Covid-19
3 de dez. de 2020, 18:42
— Lusa/AO Online
Em declarações à agência
Lusa, Jaime Vieira comentou a imposição de uma cerca sanitária à vila,
que entrou hoje em vigor, e a realização de testes aos cerca de nove mil
habitantes da freguesia com mais casos de Covid-19 nos Açores (78).“Será uma megaoperação. Sabemos que é impossível testar toda a
gente, mas essa operação é muito complexa e envolve várias
instituições. Só com essa união de esforços iremos fazer aquilo que
pretendemos e sabemos que vai correr tudo bem”, afirmou à Lusa.A
realização de testes aos residentes da vila do concelho da Ribeira
Grande vai começar na sexta-feira e irá decorrer até domingo.Segundo
o presidente da junta, existirão cinco unidades móveis, que irão ficar
em “pontos estratégicos” da freguesia, para que as “pessoas não tenham
de andar muito para se dirigir a essa unidade móvel”.Jaime
Vieira destacou que serão montados ainda postos fixos de testagem no
clube naval da freguesia e em frente à escola Ruy Galvão de Carvalho.“Sexta-feira
iremos testar uma parte da vila e sábado e domingo outra parte da vila,
sendo que as unidades móveis vão percorrer as ruas para que aqueles que
não conseguem dirigir e que têm dificuldades de mobilidade sejam também
testados”, acrescentou.O social-democrata
enalteceu o trabalho “formidável” realizado pelo Governo Regional e
considerou que os rabo-peixenses estão de “parabéns” pelo comportamento
nos últimos dias, assinalando que “as pessoas estão a telefonar por sua
livre vontade para perguntar quando é que podem fazer os testes”.“Esta
vila está de parabéns até agora pela maneira como está a encarar e a
portar-se durante este estado de confinamento”, destacou.O
presidente da junta frisou ainda que os testes em massa vão permitir
identificar os focos de contágio e colocar um “travão” na propagação da Covid-19 em Rabo de Peixe.“Esta situação
em Rabo de Peixe não acontece por sermos diferentes dos outros, não é
por aí. Acontece, acima de tudo, porque é preciso conhecer a realidade
dessa terra: uma pequena área geográfica que concentra uma grande
quantidade de pessoas”, disse.