Presidente da Comissão Europeia condena ataque e diz-se preocupada
Brasil
9 de jan. de 2023, 11:56
— Lusa/AO Online
O ataque aos órgãos de
soberania do Brasil “é uma grande preocupação para todos nós, defensores
da democracia”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von
der Leyen, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.Von
der Leyen expressou o seu “total apoio” ao Presidente do Brasil,
lembrando que Luís Inácio Lula da Silva “foi eleito de forma livre e
justa”.Também o presidente do Conselho
Europeu, Charles Michel, condenou “firmemente” o “atentado às
instituições democráticas do Brasil” e manifestou o seu “total apoio” a
Lula da Silva, “eleito democraticamente por milhões de brasileiros
através de eleições livres e eleições justas”, referiu no Twitter.A
presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, expressou-se nos
mesmos termos, afirmando-se “profundamente preocupada com o que está
acontecendo no Brasil” e defendendo que “a democracia deve ser sempre
respeitada”.No domingo, em nome dos 27
Estados-membros da União Europeia, o Alto Representante da UE para os
Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, já tinha
manifestado o seu “total apoio” ao Presidente do Brasil e condenado o
ataque à sede dos três poderes do Estado, em Brasília.“A
União Europeia reitera o seu total apoio ao Presidente Lula e ao
sistema democrático brasileiro e expressa solidariedade para com as
instituições democráticas que são objeto deste ataque", disse Borrell.Milhares
de apoiantes do ex-Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, invadiram no
domingo a sede do Congresso Nacional e sucessivamente o Palácio do
Planalto, sede do Governo, e o edifício do Supremo Tribunal Federal, na
capital brasileira.Os radicais, que não
reconhecem o resultado das eleições presidenciais de 30 de outubro, nas
quais Lula derrotou Bolsonaro por poucos votos, pediram uma intervenção
militar para derrubar o Presidente brasileiro.A
Polícia Militar conseguiu recuperar das três instituições desocupar
totalmente a Praça dos Três Poderes, numa operação que resultou em pelo
menos 200 detenções.A invasão, condenada
de imediato pela comunidade internacional, começou depois de militantes
da extrema-direita brasileira - apoiantes do anterior Presidente - terem
convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.