Presidente da cimeira elogia compromissos para abandonar combustíveis fósseis
COP26
4 de nov. de 2021, 17:48
— Lusa/AO Online
Cerca
de 42 países subscreveram uma declaração que defende o fim da
construção de novas centrais elétricas de carvão, comprometendo-se a
promoverem fontes energéticas limpas.Sharma
destacou, em declarações aos jornalistas, que foram mobilizados na
cimeira cerca de 18 mil milhões de dólares (15,5 mil milhões de euros)
para financiar esta transição energética. Mais
de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e
decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro em Glasgow, no Reino
Unido, na 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas
(COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das
emissões de gases com efeito de estufa até 2030."Os
países estão a virar as costas ao carvão e avançam para fontes de
energia mais baratas e renováveis", afirmou Alok Sharma, que dirige a
COP26, cuja sessão de trabalhos foi hoje dedicada à transição
energética.Segundo Sharma, a transição
energética, para a qual bancos de desenvolvimento, iniciativas
filantrópicas e o setor privado estão a "ajudar os países em todo o
mundo", deve ser justa.O presidente da
COP26 disse que os compromissos hoje anunciados no âmbito da energia
irão contribuir para que se cumpram as condições para limitar o
aquecimento global a 1,5ºC, assinalando que desde a assinatura do Acordo
de Paris, em 2015, os projetos de novas centrais de carvão caíram em
76% a nível mundial. O Acordo de Paris
estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do
planeta entre 1,5ºC e 2ºC acima dos valores da época pré-industrial.Apesar
dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de
estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração
económica provocada pela pandemia da Covid-19, de acordo com a ONU, que
estima que ao atual ritmo de emissões as temperaturas serão no final do
século superiores em 2,7ºC.