Presidente da Câmara de Lisboa diz estar em curso "viragem" na política de transportes
21 de jul. de 2017, 11:17
— Lusa/AO online
Fernando Medina falava no Parque das Nações, em
Lisboa, numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro, António
Costa, após a Carris assinar contratos para a aquisição de 15 autocarros
a eletricidade e 140 a gás, que deverão entrar em operação no final de
2018. "Este momento consolida aquilo que foi uma viragem
estratégica na política de mobilidade e transportes que este Governo
decidiu adotar em parceria com as autarquias", sustentou o presidente da
Câmara de Lisboa, deixando, depois, críticas ao anterior modelo. "O
modelo que temos até hoje não tem qualquer sustentabilidade e, pior, as
soluções que se foram acumulando ao longo dos anos para o transporte
público provocaram uma diminuição da qualidade de vida dos cidadãos e
uma degradação dos indicadores ambientais", afirmou. De acordo
com os dados apresentados pelo presidente da Câmara de Lisboa, desde
2010 a Carris "perdeu mais de 150 autocarros no global da sua frota" e
ainda dispõe de "75 autocarros com mais de 16 anos de vida útil". "A
Carris, em poucos anos, perdeu mais de 30% do seu global em termos de
operação - isto numa cidade que está crescentemente a aumentar as
necessidades em termos de mobilidade, porque a economia melhora e há
mais turismo", referiu Fernando Medina. Porém, com a passagem da
Carris para a gestão do município de Lisboa, Fernando Medina disse que
"só em quatro meses - e só pela mudança dos tarifários dos passes
sociais -, os cidadãos com mais 65 anos fizeram mais 470 mil viagens por
mês". "Só por causa dos benefícios de isenção de crianças até
aos 12 anos, há mais 100 mil viagens por mês - é só estamos a começar
agora. Se continuarmos a crescer desta forma, a medida que tomámos de
diminuição dos preços vai ser financeiramente favorável", sustentou o
presidente da Câmara de Lisboa.