Presidente considera que são precisos “mais passos” para acelerar crescimento económico
7 de mar. de 2018, 15:04
— Lusa/AO online
“É
uma boa notícia que Portugal tenha saído do grupo de países de
desequilíbrios excessivos, para um outro grupo de países onde se
encontram grandes economias europeias. O que significa que passos
importantes foram dados”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.O
chefe de Estado, que falava após uma visita ao Museu Arqueológico de
São Miguel de Odrinhas, no concelho de Sintra, acrescentou sentir,
baseado no passado, “um apelo de futuro”: “temos de dar ainda mais
passos do ponto de vista económico e financeiro”.Para o Presidente, “os portugueses têm que ser ambiciosos” e continuar a aprofundar o crescimento económico.“Temos
de olhar para aquilo que em termos estruturais há que fazer. Há que
manter o caminho em termos de rigor orçamental, há que manter o caminho e
aprofundá-lo em termos de recuperação da descida da nossa dívida
pública”, frisou.No
sentido de acelerar o crescimento económico, o país deve “criar
condições no domínio do investimento e das exportações” e ainda “olhar
para as condicionantes variáveis que permitem esse crescimento e a
criação de emprego e mais justiça social”, vincou Marcelo Rebelo de
Sousa.Condicionantes
que o chefe de Estado apontou irem “desde as instituições do Estado, a
administração pública em geral, o incentivo ao investimento, interno e
externo, a racionalidade e o controlo do investimento público”, assim
como “um aspeto fundamental que faz a diferença nas sociedades
contemporâneas que é a qualificação”, quer no plano profissional, quer
no plano pós-graduado.A
Comissão Europeia retirou hoje Portugal da lista de Estados-membros com
“desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, por ocasião da adoção do
“pacote de inverno de semestre europeu” de coordenação de políticas
económicas, considerando agora que o país apresenta apenas
“desequilíbrios”.Bruxelas
identificou em novembro passado 12 Estados-membros que considerou
merecerem uma “análise aprofundada” devido aos seus desequilíbrios
macroeconómicos, e hoje retirou da lista a Eslovénia e desagravou o
nível de desequilíbrios de outros três, Portugal, França e Bulgária, que
passam a ser considerados países simplesmente com “desequilíbrios
económicos”.Para
Portugal e Bulgária, a Comissão Europeia sublinha a necessidade de
prosseguir esforços complementares com vista a uma “correção sustentável
dos desequilíbrios”, pedindo a Lisboa que apresente em abril um
Programa Nacional de Reformas “ambicioso”.