Presidente considera que exigência de testes por Espanha foi “erro técnico”
Covid 19
8 de jun. de 2021, 14:16
— Lusa/AO Online
“É
isso mesmo, era um erro, um erro técnico. Ainda ontem à noite
[segunda-feira], primeiro o senhor ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, depois o senhor primeiro-ministro, me preveniram que as
autoridades espanholas já tinham esclarecido que hoje pela manhãzinha
iriam dizer que era uma retificação”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.O chefe de Estado declarou que “não houve problema nenhum diplomático, houve apenas um lapso técnico”.“Foi
uma retificação que foi feita, ainda bem. Começámos o dia de hoje com
uma boa notícia. Acontece, lapsos técnicos aconteceram-nos a nós na
gestão da pandemia”, referiu, em declarações difundidas pela RTP e SIC.Questionado
sobre se manteve algum contacto com Espanha, respondeu: “As autoridades
portuguesas executivas falaram com as autoridades espanholas e ficou
logo tudo claro, que não passava tudo de um equívoco”.Marcelo
Rebelo de Sousa foi ainda questionado se esperava que o mesmo se
passasse com o Reino Unido, que retirou Portugal da sua chamada “lista
verde” de turismo, e replicou: “Cada coisa a seu tempo, hoje estamos a
falar de Espanha”.O ministro dos Negócios
Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou hoje que Espanha vai
corrigir a norma que obrigava a apresentação de prova de vacinação
contra a covid-19 ou teste negativo nas fronteiras terrestres com
Portugal.“Tivemos contactos muito intensos
a todos os níveis com o governo espanhol durante a tarde e a noite de
ontem [segunda-feira] e ainda durante a noite de ontem recebemos a
confirmação por parte das autoridades espanholas que, de facto, se
tratava de um lapso que iria ser corrigido hoje e, portanto, é isso que
vai acontecer”, disse Augusto Santos Silva à agência Lusa.O
governante explicou que se tratou de uma resolução de um serviço
técnico da Direção-Geral de Saúde de Espanha que “não teve em conta,
involuntariamente, o facto de a gestão de uma fronteira não ser apenas
responsabilidade das autoridades sanitárias, mas também das autoridades
políticas e administrativas, designadamente dos ministérios da
Administração Interna respetivos”.