Presidenciais: Ventura diz que governantes têm tido "vergonha” de afirmar Portugal
Hoje 18:56
— Lusa
“Precisamos de governos e de Presidentes da República que não tenham medo de afirmar a nação portuguesa e os valores portugueses e não tenham vergonha. Acho que, nos últimos anos, temos tido governantes que têm vergonha de afirmar a nação portuguesa”, afirmou o candidato às eleições de janeiro e líder do Chega.Em declarações aos jornalistas, antes de participar num encontro com jovens em Oeiras, André Ventura defendeu ainda que ser democrata não é contraditório com ser patriota.“Ser democrata, em Portugal hoje, é ser patriota, é gostar da bandeira de Portugal, é amar Portugal. E podermos dizer isso sem estarmos sempre a ajoelhar, sempre a vergar”, referiu o candidato presidencial, para quem essa é a “diferença deste projeto político” em relação ao PSD e ao PS.Ventura voltou a criticar os Presidentes de Angola e do Brasil, mas referiu que o Estado português “terá de manter as relações com esses estados”.“Mas também teremos de nos deixar de ajoelhar, temos de nos deixar de baixar a cabeça quando tiranos, ladrões e assassinos nos chamam de esclavagistas e de opressores”, referiu o candidato.Recordando que hoje é o dia da restauração da independência, André Ventura salientou que, “perante aquela que era na altura a nação mais forte do mundo”, a Espanha, Portugal “levantou a cabeça e defendeu a independência”.“Hoje, não são os Filipes, mas são os Lulas da Silva, são os Maduros, são os Fidel Castro, são os presidentes de Angola e nós temos de lidar com isso”, afirmou.As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.Além André Ventura (apoiado pelo Chega), às eleições presidenciais anunciaram, entre outros, as suas candidaturas António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), Catarina Martins (apoiada pelo BE), João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD) e Gouveia e Melo.Segundo o portal da candidatura, do Ministério da Administração Interna, há mais 31 cidadãos que se encontram a recolher assinaturas para uma candidatura à Presidência.