Tino de Rans quer superar votos de 2016 e admite ida à 2.ª volta
Presidenciais
13 de set. de 2020, 20:04
— AO Online/ Lusa
Nas presidenciais de 2016 Vitorino Silva foi também candidato, registando então 152 mil votos."Uma vitória é ter mais um voto e eu quero conquistar esse mais um”, declarou, na apresentação hoje no Porto da sua candidatura às eleições presidenciais de 2021.Vitorino Silva sublinhou, contudo, que numas “eleições atípicas”, é-lhe possível “não só ir à Liga Europa, mas também às Champions”, entendida esta como a segunda volta da corrida eleitoral a Belém.Na sua leitura, há quatro candidatos que podem aspirar a disputar uma segunda volta, caso o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se candidate e tenha menos de 50% dos votos na primeira volta: a eurodeputada do BE Marisa Matias, a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes, o líder do Chega, André Ventura, e ele próprio, Tino de Rans.“A minha candidatura é muito forte, feita de gente simples onde a qualidade impera” , afirmou Vitorino Silva, um calceteiro de 49 anos que trabalha na Câmara do Porto.Para apresentar a candidatura, Tino de Rans escolheu os jardins do Palácio de Cristal, no Porto, mais concretamente a zona junto ao 'stand' 58 da Feira do Livro do Porto e a um "bonito" cedro, cujo tronco - disse - "simboliza a democracia, os ramos os candidatos, para a direita para a esquerda, e as folhas os eleitores".E por estar em plena Feira do Livro do Porto, levou o seu livro "A... corda p'ra vida", "a história de um de oito filhos de um cordoeiro [ele próprio] a quem foi dito que acordasse para a vida".O líder do RIR reiterou, entretanto, que gostaria a data das eleições fosse adiada para uma altura do ano com temperaturas mais amenas, a pensar nos quatro milhões de eleitores idosos."Toda a gente sabe que em janeiro o frio é 'de rachar' e as eleições estão marcadas para essa altura, sendo que nessa altura podemos ter a pandemia da covid-19 e a epidemia da gripe e não podemos permitir que os idosos possam faltar ao voto por estarem enfraquecidos ou com medo", sustentou.A seis meses do fim do mandato do atual Presidente da República, são já oito os pré-candidatos ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa.São eles o deputado André Ventura (Chega), o advogado e fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves, o líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Bruno Fialho, a eurodeputada e dirigente do BE Marisa Matias, a ex-deputada ao Parlamento Europeu e dirigente do PS Ana Gomes, Vitorino Silva (mais conhecido por Tino de Rans), o ex-militante do CDS Orlando Cruz e o eurodeputado João Ferreira (PCP).Marcelo Rebelo de Sousa, eleito em 2016, ainda não revelou se vai recandidatar-se, remetendo uma decisão "lá para novembro".As candidaturas a Presidente da República só são válidas depois de formalmente aceites pelo Tribunal Constitucional, e após a apresentação e verificação de um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 assinaturas de cidadãos eleitores, até trinta dias antes da data da eleição, que deverá realizar-se no final de janeiro do próximo ano.