Presépio de Vila Real Santo António tem 5.900 peças mas ainda falta Menino Jesus
21 de dez. de 2024, 11:33
— Lusa
Classificado pelos
promotores como o maior do país, o presépio ocupa uma área de 240 metros
quadrados, reproduz dezenas de ofícios tradicionais, muitos deles
compostos com figuras mecanizadas e som ambiente, e replica múltiplos
edifícios, como um anfiteatro romano, uma fortaleza ou, a principal
novidade deste ano, uma pedreira, destacou um dos quatro autores da
obra.Augusto Rosa contou à agência Lusa
que é frequente os visitantes perguntarem onde está o Menino Jesus, ao
verem a gruta ainda vazia, e é preciso esclarecer que esta figura só
entrará no presépio na data do seu nascimento, a 25 de dezembro.“Pois,
o Menino Jesus não está, nós só colocamos o Menino Jesus no dia 25 de
dezembro, entretanto a Nossa Senhora e o São José vêm num burrinho, ela
já vem grávida, e todos os dias nós avançamos a peça um pedacinho até
chegar à gruta”, respondeu Augusto Rosa, questionado sobre a ausência da
figura central do presépio tradicional cristão.Foram
necessárias 20 toneladas de areia, quatro toneladas de pó de pedra,
3.000 quilos de cortiça, mas também materiais como madeira ou musgo,
para formar uma composição que estará em exibição até 06 de janeiro, no
Centro Cultural António Aleixo, poeta que nasceu em Vila Real de Santo
António e também está retratado numa escultura em elaboração, notou.O
trabalho de montagem demorou 43 dias e foi feito por “quatro pessoas, a
trabalhar uma média de 10 a 12 horas por dia”, tendo-se iniciado a 14
de outubro e terminado no final de novembro, calendarizou Augusto Rosa.O
presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo,
recordou à Lusa que esta é a 22.ª edição do presépio gigante da cidade e
manifestou o seu orgulho por a iniciativa ser já uma “imagem de marca
dos natais do Algarve”, mas também do país e da Eurorregião do Algarve,
Andaluzia e Alentejo, frisou.“Todos os
anos a bater recordes de visitas, o ano passado foram cerca de 37.000 e
contamos este ano continuar a crescer, mas com certeza, o objetivo é
manter este presépio todos os anos para que as pessoas possam desfrutar
desta beleza, deste barulho que estamos a ouvir, dos sons típicos do
presépio, das imagens em movimento, das novidades que todos os anos nos
traz, como a pedreira, que é a imagem nova que os nossos artistas
apresentaram”, afirmou o autarca.O
objetivo último do município com a realização deste presépio “é
proporcionar dias agradáveis” aos visitantes da “vila Natal” e do centro
comercial a céu aberto criado no centro histórico da cidade pombalina,
que está localizada no extremo sudeste do Algarve, no distrito de Faro,
indicou Álvaro Araújo.“E dentro dessa vila
Natal, este presépio, que atrai milhares de pessoas que vêm aqui ao
nosso centro comercial a céu aberto e ao nosso concelho, vêm dormir,
comer nos nossos restaurantes e comprar no nosso comércio local. É esse
também o grande objetivo de tudo aquilo que organizamos nesta época, não
só, mas sobretudo nesta época, tudo aquilo que está organizado é com
esse objetivo de também dinamizar a economia local”, concluiu.