Preço do pão poderá sofrer “ligeiras correções” em 2020
18 de dez. de 2019, 10:45
— Lusa/AO Online
“O
que poderá haver são ligeiras correções de preços e, mesmo estas,
dependem de caso para caso”, indicou, em resposta à Lusa, a
secretária-geral da Associação do Comércio e da Indústria de
Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), Graça Calisto, recusando o
termo 'aumento de preços', uma vez que “o preço e o peso do pão são
livres”. De acordo com esta responsável, o
preço da matéria-prima – farinha, água, sal e fermento – não sofreu
“aumentos significativos” este ano, prevendo-se ainda que esta tendência
continue em 2020. Porém, o consumo teve
um “ligeiro decréscimo” na ordem dos 20% e a expansão dos grandes grupos
económicos provocou a deslocalização dos consumidores, que passam a
optar pelas grandes superfícies. “O
consumidor dos dias de hoje tem uma preocupação acrescida de não ingerir
hidratos de carbono e tem uma noção errada de que o pão engorda. O
pequeno almoço da maioria das nossas crianças é feito à base de cereais,
que, em boa verdade, possuem mais açúcar e gorduras que um simples pão
escuro, que tem mais fibra e é mais saudável”, acrescentou. Graça
Calisto notou ainda que o aumento do salário mínimo para 635 euros, em
janeiro, irá, “obviamente”, impactar o setor “e com todos os custos
inerentes”. Assim, a secretária-geral da ACIP vincou que para 2020 se avizinham “tempos difíceis”.