Pré-campanha acelera depois de três semanas de debates
Legislativas
28 de abr. de 2025, 09:39
— Lusa/AO Online
As
eleições de 18 de maio, as terceiras legislativas em três anos e três
meses, foram convocadas depois do chumbo de uma moção de confiança que o
primeiro-ministro apresentou ao parlamento, ditando a queda do Governo e
a dissolução do parlamento. Os debates -
que começaram no dia 07 deste mês e envoltos em polémica pela decisão da
AD enviar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, apenas a parte deles –
têm ocupado boa parte da agenda mediática e do tempo dos próprios
líderes partidários.O último
frente-a-frente oporá estaa segunda-feira os líderes do PSD e do PS, Luís
Montenegro e Pedro Nuno Santos, ficando apenas a faltar os debates entre
todas as forças políticas. Com o fim dos
frente-a-frente e o início da última semana antes do período oficial de
campanha – que começa no próximo domingo, dia 04 de maio – a agenda dos
líderes deverá acelerar, assumiram à Lusa fontes de várias candidaturas,
com mais ações na estrada. Os debates que
ocuparam as noites televisivas nas últimas semanas pretenderam vincar
as diferenças programáticas entre os vários partidos com assento
parlamentar, tendo a habitação, o SNS, a defesa, a imigração e
fiscalidade sido temas presentes nas várias discussões.O
caso da empresa familiar do primeiro-ministro, Spinumviva, não foi
esquecido em alguns dos debates, em declarações dos opositores do
primeiro-ministro e nos media, mas nunca foi o tema central, enquanto os
cenários de governabilidade, possíveis acordos pós-eleitorais e a
discussão sobre o “dia seguinte” às eleições esteve sempre na mesa da
discussão entre os líderes partidários. Averiguação
preventiva foi uma expressão que também entrou nesta pré-campanha
porque, quer Luís Montenegro quer Pedro Nuno Santos, têm sobre eles este
mecanismo levado a cabo pelo Ministério Público.A
do primeiro-ministro, por causa da sua empresa familiar, já era
conhecida desde 12 de março e, pouco mais de um mês depois, foi
divulgado que também o líder do PS tinha uma averiguação preventiva
aberta devido à compra de duas casas. A
eleição dos 230 deputados, distribuídos pelos 22 círculos eleitorais,
decorrerá com as mesmas lideranças partidárias que os principais
partidos tinham nas eleições antecipadas de 2024, voltando assim a
defrontar-se as mesmas caras. Vinte e uma
forças políticas concorrem às eleições legislativas, sendo Lisboa,
Porto, Setúbal, Europa e Fora da Europa os círculos eleitorais com mais
candidaturas, enquanto Bragança, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real,
Viseu e Açores terão os boletins mais pequenos.Em
2024, a AD liderada por Luís Montenegro venceu o PS de Pedro Nuno
Santos pela margem mais curta em democracia, ou seja 54 mil votos,
conseguindo 80 deputados, enquanto os socialistas ficaram com 78
parlamentares.Nessa altura, o Chega
conseguiu um aumento histórico da sua bancada – 50 deputados -, seguido
pela IL (8 deputados), BE (5 deputados), PCP (4 deputados), Livre (4
deputados) e PAN (1 deputado).