Prazo para partidos submeterem propostas de alteração termina às 18 horas
OE2019
16 de nov. de 2018, 09:38
— Lusa/AO Online
Com
os votos favoráveis de PS, BE, PCP, PEV e PAN e os votos contra de PSD e
CDS-PP, a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019)
e as Grandes Opções do Plano foram aprovadas no parlamento, na
generalidade, em 30 de outubro.Em
02 de novembro, com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues,
começou a ronda de audições dos governantes para responderem às
perguntas dos deputados nas várias comissões parlamentares setoriais, em
conjunto com os parlamentares da comissão de Orçamento, Finanças e
Modernização Administrativa.A última audição está marcada para hoje, com o titular da pasta das Finanças, Mário Centeno.Os
partidos têm até às 18 horas para submeterem as suas propostas de
alteração ao documento entregue pelo Governo, sendo estas depois
discutidas e votadas, uma a uma, em sede de especialidade, nos dias 26,
27, 28 e 29 de novembro.Para a tarde de dia 29 de novembro estão agendadas a sessão de encerramento e a votação final global do OE2019.Em
09 de novembro, a presidente da comissão de Orçamento, Finanças e
Modernização Administrativa adiantou que já tinham dado entrada no
parlamento, "a nove dias do prazo", quase 260 propostas de alteração ao
OE2019.Na
quinta-feira, o líder parlamentar do PS, Carlos César, adiantou que a
bancada socialista vai fazer uma proposta de alteração ao OE2019 para a
redução dos 13 para 6% do IVA dos espetáculos tauromáquicos,
contrariando assim a posição defendida no parlamento pela ministra da
Cultura, Graça Fonseca.Segundo
Carlos César, o PS vai entregar até à data limite "dezenas" de
alterações ao OE2019, entre as quais a já anunciada proposta para
acelerar as obras na ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto,
mediante recurso ao ajuste direto e dispensa de visto prévio do Tribunal
de Contas, medida rejeitada há uma semana pela ministra da Saúde, Marta
Temido.Também
na quinta-feira, o BE - que garante que irá entregar mais de uma
centena de propostas - apresentou um pacote de alterações sobre
habitação, entre as quais um novo regime "mais justo e mais racional" de
tributação de mais-valias imobiliárias, que penaliza movimentos
especulativos de curto e médio prazo, e o fim do regime dos residentes
não habituais e a revogação dos vistos ‘gold’.No
início de novembro, os bloquistas já tinham avançado com a proposta de
criação de um novo escalão do Adicional ao Imposto Municipal sobre
Imóveis (AIMI), aumentando a taxa para 2% no caso de património agregado
superior a dois milhões de euros.Na
semana passada, o PCP, em conferência de imprensa no parlamento,
contabilizou 84 propostas de alteração orçamentais, incluindo a de
criação de uma rede de apoio aos cuidadores informais, através de
projeto piloto numa região geográfica.No
dia em que abriu o período de apresentação de propostas de alteração,
em 02 de novembro, os comunistas anunciaram as primeiras 47 alterações,
entre as quais a atualização dos limites dos escalões de IRS conforme a
inflação (1,3%).Também
na quinta-feira o PSD apresentou 104 propostas de alteração
orçamentais, nomeadamente novos limites ao endividamento público e a
retoma das negociações com os professores, nos termos previstos no
orçamento do ano passado, garantindo o vice-presidente da bancada
António Leitão Amaro que, se fossem todas aprovadas, as medidas
apresentadas pelo PSD não teriam um impacto orçamental negativo.Já
o CDS-PP, que prometeu à associação de promotores de espetáculos levar a
votos uma proposta de alteração ao OE2019 para reduzir a 6% o IVA na
Cultura, incluindo nos festivais, deverá ainda insistir na eliminação da
sobretaxa do imposto sobre os combustíveis e na redução do IRC para
todas as empresas, que será de 10% se foram empresas localizadas no
interior do país.