Prazo para aderir à moratória de crédito termina hoje
30 de set. de 2020, 09:09
— Lusa/AO Online
Na semana passada o Conselho de Ministros
decidiu prolongar por mais seis meses, até 30 de setembro de 2021, o
prazo das moratórias de crédito às famílias e empresas que terminava em
31 de março, mas manteve sem alterações a data de adesão.O
decreto-lei que contempla este alargamento e define os moldes em que
ele se aplica, publicado esta terça-feira, refere que “a comunicação de
adesão à moratória (…) é efetuada até 30 de setembro de 2020”.As
moratórias bancárias suspendem o pagamento das prestações dos
empréstimos bancários mas a prorrogação aprovada no último Conselho de
Ministros prevê soluções diferentes para as empresas em função do setor
em que estão inseridas e do impacto da pandemia na sua atividade. Assim,
as empresas inseridas em setores particularmente afetados pela pandemia
beneficiarão do prolongamento da moratória até 30 de setembro nos
exatos moldes definidos até 31 de março, ou seja, continuarão a
beneficiar da suspensão do pagamento do capital em dívida e dos juros.Estão
nesta situação, e de acordo com decreto-lei desta terça-feira, as
empresas de restauração, transportes aéreo, ferroviário e marítimo,
educação, atividades de saúde e desportivas, alojamento e cinema, venda
de livros, revistas e jornais ou atividades de teatro, entre outros, num
total 31 códigos de atividade económica (CAE).Já
para as restantes empresas que atualmente estão abrangidas pelas
moratórias, o prolongamento dos seis meses (até 30 de setembro de 2021)
mantém a suspensão do pagamento de capital, mas não dos juros.Relativamente
às famílias, mantém-se a moratória de juros e de capital para créditos à
habitação e para despesas de educação e formação.Segundo
dados referidos na semana passada pelo ministro de Estado e da Economia
e Transição Digital estão cerca de 35 mil milhões de euros abrangidos
pelas moratórias, sendo que até março, as obrigações de pagamento de
capital e de juros que se encontram suspensas representam cerca de 10
mil milhões de euros.A extensão das
moratórias até 30 de setembro representa mais cerca de 7,0 mil milhões
de euros, sendo este o valor que empresas e famílias não terão de pagar
até àquela data.