Prazo de entrega de propostas para OSP aéreas prorrogado até 12 de setembro
23 de jul. de 2025, 09:41
— Carlota Pimentel
A data limite para a apresentação de propostas no âmbito do concurso
público para a exploração das rotas com Obrigações de Serviço Público
(OSP) de e para os Açores passou agora a ser o dia 12 de setembro.O
Ministério das Infraestruturas e Habitação decidiu prorrogar o prazo -
que terminava amanhã - através de uma publicação no Diário da República,
segundo avançou a Antena 1/Açores.Em causa estão as rotas entre
Santa Maria, Pico, Faial com Lisboa e a Madeira, que estão a ser
asseguradas pela Azores Airlines sem qualquer compensação financeira e
que estão a causar um prejuízo anual à companhia aérea de cerca de 12
milhões de euros (ME).Segundo a rádio pública, o Governo Regional
remeteu explicações para a República quando questionado sobre o motivo
da prorrogação.A Antena 1/Açores avançou ontem que em causa estarão
retificações às normas do concurso, realizadas a pedido da Autoridade
Nacional da Aviação Civil (ANAC) e relacionadas com a “fórmula de
cálculo do critério de adjudicação” e com o “modelo de avaliação das
propostas que, para a ANAC, não salvaguardava a concorrência”.Recorde-se
que a Azores Airlines foi a única companhia aérea a apresentar uma
proposta no anterior concurso, tendo esta sido excluída por ultrapassar o
valor-base estipulado.Desde então, o Governo da República reforçou o
valor do contrato em 17,5 ME para o preço-base de 62,5 ME, tendo o
concurso sido lançado em Jornal Oficial da União Europeia em março deste
ano, com o intuito de entrar em vigor em setembro.No documento,
datado de 23 de março, lê-se que os candidatos podiam apresentar
propostas durante os 62 dias seguintes à publicação, sendo o contrato
válido durante cinco anos “a contar do início das operações”.Já a
entrada em vigor das novas Obrigações de Serviço Público estava prevista
para 1 de setembro, o que também deverá ser adiado tendo em conta a
prorrogação para a apresentação de propostas.O presidente do Governo
Regional já havia criticado o “incumprimento” da República quanto às
OSP aéreas de e para os Açores, dando conta da existência de prejuízos
na SATA, durante os últimos 10 anos, por assegurar as rotas não
liberalizadas sem qualquer compensação financeira.Na altura, Bolieiro garantiu mesmo que a situação“destabilizou as contas operacionais” da companhia aérea açoriana.