Praia da Vtória quer tornar festival Outono Vivo num atrativo turístico
25 de out. de 2017, 13:43
— Lusa/AO Online
“O Outono Vivo é uma referência a nível regional e é uma referência a
nível nacional, pela dimensão e pela programação, mas temos a humildade
de assumir que ainda não tem capacidade de ser um atrativo turístico.
Temos aqui um enorme potencial e é possível fazê-lo, tornando o Outono
Vivo cada vez mais um festival literário”, adiantou o presidente do
município da Praia da Vitória, Tibério Dinis, numa conferência de
imprensa de apresentação da 12.ª edição do festival.Segundo o
autarca, que tomou posse na segunda-feira, o novo executivo quer
“colocar um grande enfoque turístico no período da época baixa”, dando
maior projeção nacional a eventos culturais. “A cultura pode dar
um passo decisivo na atratividade, porque o nosso objetivo é consolidar
do ponto de vista turístico o período de época alta e fazer aumentar o
período de época baixa. Eventos como o Outono Vivo são cruciais”,
frisou.Atualmente o evento é um misto entre feira do livro e
festival literário, mas a autarquia quer apostar mais na componente
literária e reunir na ilha Terceira “a nata da literatura nacional”,
através de parcerias com as editoras.“A credibilidade deste evento junto dos principais grupos editoriais deste país é bastante forte”, salientou Tibério Dinis. A
12ª edição do Outono Vivo, que decorrerá entre sexta-feira e o dia 12
de novembro, terá uma feira do livro com cerca de 50 mil exemplares, com
descontos que podem chegar aos 20%, e mais de 40 editoras
representadas. “No ano passado vendemos à volta de 35% dos
livros. É um excelente número. A maior parte das feiras do país fica
pelos 15%”, realçou Carlos Lima, da Papelaria 96, responsável pela feira
há cinco anos.Está prevista a apresentação de 21 livros, com a
presença de alguns escritores de renome nacional, como José Milhazes,
José Fanha e Pedro Chagas Freitas, bem como uma mesa redonda sobre o
processo criativo, moderada pelo escritor terceirense Joel Neto, com
Catarina Sobral, Isabel Figueiredo, Hugo Gonçalves, Rui Cardoso Martins e
Júlio Magalhães.Com um orçamento de 20 mil euros, o Outono Vivo
apresenta ainda, durante 17 dias, uma exposição de fotografia, sessões
de cinema, espetáculos de dança, música e teatro, atividades de animação
infantil, tertúlias, formações e um festival gastronómico em 12
restaurantes da cidade.Este ano, o Outono Vivo terá como tema a
“Festa Redonda”, numa homenagem à obra de Vitorino Nemésio, natural da
Praia da Vitória, que será reeditada pelo Instituto Açoriano de Cultura
(IAC). “Esperamos que esta publicação seja o início de um
destaque da obra ‘Festa Redonda’, dentro da obra de Vitorino Nemésio, e
que lhe dê a projeção regional e nacional que ela merece”, salientou
Carlos Bessa, presidente do IAC.