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Praia da Vitória fecha 2024 com resultado líquido de 794 mil euros

O Grupo Municipal da Praia da Vitória registou um resultado líquido positivo de 794 mil euros em 2024. A informação foi avançada pela presidente, Vânia Ferreira, que considera que os resultados demonstram a recuperação financeira do município.


Autor: Maria Andrade

“Terminámos 2024 com um resultado líquido positivo de 794 mil euros no universo municipal onde se inclui a Câmara, a Praia Ambiente, a AGESPI, a Cooperativa Praia Cultural, a Praia em Movimento e a SDCPV. Estas últimas três entidades, em processo de extinção, ainda pesam na estrutura financeira do Grupo Municipal, mas os resultados demonstram que estamos no bom caminho”, afirmou Vânia Ferreira.

Para a edil praiense, os resultados demonstram a recuperação da sustentabilidade financeira do município, “fruto das medidas de rigor e reestruturação orçamental e financeira implementadas ao longo deste mandato.”, lê-se no comunicado enviado às redações.

De acordo com Vânia Ferreira, no final do exercício de 2024, o Grupo Municipal registava um ativo total superior a 93 milhões de euros, com um património líquido aproximado de 66 milhões de euros e um passivo total na ordem dos 27,3 milhões de euros.

“O resultado líquido consolidado ascendeu a 794 mil euros, sendo que este resultado revela a recuperação face a 2023, que teve um registo negativo. O resultado espelha também a capacidade do Grupo Municipal em gerar excedentes operacionais, sendo que o resultado operacional antes dos encargos financeiros ultrapassou os 2,2 milhões de euros, e, na Tesouraria, os fluxos de caixa das atividades operacionais foram positivos, na ordem dos 1,6 milhões de euros. Esta folga orçamental tem-nos permitido pagar atempadamente aos fornecedores, no âmbito do nosso compromisso de recuperar a notoriedade do Grupo Municipal e, ao mesmo tempo, ser uma Entidade que contribui para a saúde financeira das empresas”, explicou na ocasião.

No entanto, a presidente da Câmara reconhece que persistem constrangimentos financeiros, uma vez que o nível de endividamento bancário continua elevado. Vânia Ferreira sublinha que a situação “exige a manutenção de uma gestão financeira prudente”, uma vez que se trata de um compromisso com impacto significativo nos anos vindouros.

Acrescenta ainda que o relatório aponta que os custos com pessoal representam uma fatia significativa na estrutura financeira do município, o que, segundo o documento, limita a capacidade de investimento e pode colocar em risco a sustentabilidade orçamental caso haja uma redução nas receitas.

“Ou seja, registamos sinais muito positivos de recuperação e estabilidade orçamental e financeira, mas temos de continuar a gestão responsável, rigorosa e eficiente, a bem da saúde financeira da Autarquia. É esse o caminho que continuamos a seguir em 2025”, afirma Vânia Ferreira.