PR ouve partidos entre terça e quarta-feira sobre renovação do estado de emergência
Covid-19
22 de fev. de 2021, 17:31
— Lusa/AO Online
De acordo com uma nota da
Presidência da República enviada à comunicação social, as audiências
acontecerão, uma vez mais, por ordem crescente de representação
parlamentar, com Iniciativa Liberal, Chega, PEV, PAN, CDS-PP e PCP
ouvidos na terça-feira, a partir das 14h30 (menos uma hora nos Açores).BE, PSD e PS serão ouvidos a partir das 15h00 quarta-feira pelo chefe de Estado, que estará no Palácio de Belém.O atual período de estado de emergência termina às 23h59 da próxima segunda-feira, 01 de março. Na
quinta-feira à tarde, a Assembleia da República irá debater e votar a
provável renovação deste quadro legal, que terá efeitos entre 02 e 16 de
março e será a 12.ª declaração do estado de emergência na atual
conjuntura de pandemia de covid-19.De
acordo com a Constituição, este quadro legal que permite a suspensão do
exercício de alguns direitos, liberdades e garantias não pode durar mais
de quinze dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite
temporal.Para o decretar, o Presidente da
República tem de ouvir o Governo e de ter autorização da Assembleia da
República, que nas últimas três renovações foi dada com votos a favor de
PS, PSD, CDS-PP e PAN, abstenção do BE e votos contra de PCP, PEV,
Chega e Iniciativa Liberal.Ao abrigo do
estado de emergência, o Governo impôs um dever geral de recolhimento
domiciliário e a suspensão de um conjunto de atividades, desde 15 de
janeiro.A partir de 22 de janeiro, os
estabelecimentos de ensino foram encerrados, primeiro com uma
interrupção letiva por duas semanas, e depois com aulas em regime à
distância.O decreto do estado de
emergência em vigor prevê que seja definido um plano faseado de
reabertura das aulas presenciais, inclui uma ressalva a permitir a venda
de livros e materiais escolares e admite limites ao ruído em certos
horários nos edifícios habitacionais para não perturbar quem está em
teletrabalho.No dia em que foi decretado,
11 de fevereiro, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que será
preciso manter o atual confinamento geral "ainda durante o mês de março"
e que não era o momento "para começar a discutir desconfinamentos
totais ou parciais".Quando falou ao país,
nessa noite, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,
considerou que o estado de emergência e o confinamento geral devem
prosseguir "março fora", sem "sinais errados para a Páscoa", para se
evitar um retrocesso na contenção da covid-19 em Portugal.O
chefe de Estado tem falado ao país sempre que decreta este quadro legal
- excetuando o período em que foi candidato às eleições presidenciais
de 24 de janeiro, nas quais foi reeleito.Na
declaração que fez há cerca de duas semanas, apontou como metas, até à
Páscoa, no início de abril, reduzir o número de novos casos diários de
infeção "para menos de dois mil" e fazer baixar os casos de internamento
e internamentos em cuidados intensivos, então situados, respetivamente,
em "mais de cinco mil e mais de oitocentos", para "um quarto desses
valores".Sobre o futuro desconfinamento,
advertiu: "Temos de, durante essas semanas, ir estudando como, depois da
Páscoa, evitar que qualquer abertura seja um novo intervalo entre duas
vagas".