PR defende revolução administrativa para responder a fogos como o da serra da Estrela
Incêndios
26 de dez. de 2022, 12:42
— Lusa/AO Online
“Tem que haver para a
serra da Estrela - e porventura para outros parques e para outras
situações desta natureza - uma estrutura pensada, ao menos para as
situações críticas. Isto é uma revolução na organização administrativa
portuguesa. Não está pensado para isso e tem que se pensar para isso”,
referiu.Marcelo Rebelo de Sousa falava no
quartel dos Bombeiros da Covilhã, distrito de Castelo Branco, no início
de uma visita que está a realizar hoje ao território afetado pelo grande
fogo na serra da Estrela, que em agosto atingiu um total de 24 mil
hectares de área ardida.Após um ‘briefing’
feito pelo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e
Proteção Civil (ANEPC) sobre este fogo, Marcelo Rebelo de Sousa destacou
o facto de as chamas terem abarcado dois distritos (Castelo Branco e
Guarda) e seis concelhos distintos, bem como diferentes comandos
operacionais e forças de intervenção.Deste
modo, salientou que uma das lições a tirar passa por aplicar uma
“transformação administrativa” que permita uma resposta alargada, até
porque “todos têm a mesma causa” e “todos vestem a mesma camisola”.“A
única maneira de haver, no futuro, um combate eficaz e uma prevenção
eficaz, é que quem quer que esteja num destes municípios - ela ou ele,
desde os mais pequeninos - tenham a noção que aquilo que têm de defender
é o todo. Não é uma freguesia, não é um município. Menos ainda um
lugar, ou uma localidade, ou uma rua, ou uma casa”, acrescentou.Nesta
visita, o Presidente da República é acompanhado pelo ministro da
Administração Interna, José Luís Carneiro, sendo que além da Covilhã,
também estão previstas passagens pelos concelhos de Manteigas, Seia,
Gouveia, Celorico da Beira e Guarda.