PR assinala que Costa reconheceu situação grave e problemas estruturais no SNS

16 de jun. de 2022, 11:22 — Lusa /AO Online

Em declarações aos jornalistas, à entrada para o Teatro Politeama, em Lisboa, após a conferência de imprensa da ministra da Saúde, Marta Temido, o chefe de Estado reiterou que aquilo que espera é que haja "uma prevenção relativamente ao que possa acontecer a partir do começo de julho e até ao final do verão" nos serviços públicos hospitalares.Questionado uma vez mais sobre o encerramento de serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia nos últimos dias, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder que já teve oportunidade de falar deste assunto."Hoje mesmo o senhor primeiro-ministro reconheceu que é uma situação muito grave, que é uma situação estrutural. Estrutural precisa, portanto, de mexidas estruturais", realçou, em seguida.Como o primeiro-ministro, António Costa, também o Presidente da República identificou, por um lado, uma "situação estrutural" e, por outro, um "problema conjuntural, quer dizer, neste período de dois fins de semana longos".Marcelo Rebelo de Sousa voltou a pedir que se evite a repetição durante o verão daquilo que aconteceu nestes dias:  "Aquilo que eu espero, depois de ter ouvido a senhora ministra da Saúde, é que haja uma previsão e uma preparação e uma prevenção".No Teatro Politeama o chefe de Estado foi assistir à estreia do musical "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos", de Filipe La Féria.Hoje, na sede do PS, António Costa comunicou aos jornalistas que a ministra da Saúde, Marta Temido, iria apresentar um "programa estrutural" para dar resposta a "problemas estruturais" do SNS.O primeiro-ministro e secretário-geral do PS defendeu que "para além dos problemas de contingência, há problemas estruturais que têm de ter resposta".Numa alusão ao encerramento de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia de vários hospitais, afirmou: "Obviamente todos temos consciência da situação grave que estamos a enfrentar".Mais tarde, no Ministério da Saúde, em Lisboa, Marta Temido anunciou a abertura de cerca de 1.600 vagas para médicos recém-especialistas, das quais 50 em ginecologia/obstetrícia.A ministra anunciou também "a criação de uma comissão de acompanhamento da resposta em urgência de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos" composta por "cinco coordenadores regionais e um coordenador nacional", para identificar os recursos disponíveis por hospital e região e aprovar modelos de gestão integrada para cada região.