PR alerta que "pandemia ainda não terminou" mas não espera agravamento em Portugal
Covid-19
22 de out. de 2021, 08:30
— Lusa/AO Online
Durante um encontro com
representantes de 'startups' portuguesas, no antigo picadeiro real,
junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a
sobrevivência destas empresas à crise provocada pela pandemia de Covid-19: "Não morreram, não vão morrer, vão-se sucedendo e mudando,
convertendo, alterando em novos ciclos e novas vagas, num momento
difícil do mundo, da Europa"."É muito
importante esta certeza, porque é um momento difícil com pandemia ainda,
com atraso na recuperação económica, com uma transição energética e
digital mais longa", considerou.Logo a
seguir, o chefe de Estado reforçou esta mensagem: "Enfrentamos
globalmente um período difícil, a pandemia ainda não terminou"."Estava
a ler hoje os mais recentes relatórios sobre a pandemia ainda na
Europa, nalguns países bem conhecidos da Europa, novamente a pedirem
mais confinamentos, mas sobretudo noutros continentes: África, América
Latina e mesmo a Ásia, o que significa que a recuperação económica e
social está um pouco atrasada, será mais lenta e mais difícil", apontou.No
final deste encontro com representantes de 'startups' que vão
participar na edição deste ano da Web Summit, questionado pela
comunicação social se teme um agravamento da Covid-19 em Portugal ou um
aumento de casos da nova subvariante da Delta do SARS-CoV-2 em
território nacional, o Presidente da República respondeu negativamente:
"Não. Não temos até agora dados nenhuns nesse sentido"."O
que eu digo é que internacionalmente as notícias que chegam quer de
países europeus quer fora da Europa são de que a transição, a passagem
de pandemia para endemia –quer dizer, uma situação em que há doença, mas
não tem o caráter de pandemia – está a ser muito lenta", reiterou.Marcelo
Rebelo de Sousa referiu que isso está a acontecer "em continentes fora
da Europa, mas também na Europa alguns países tiveram recuos, e países
que eram considerados muito avançados nesse domínio, em que as últimas
informações obrigam a tomada de medidas mais duras"."Não é, felizmente, o caso de Portugal. Não é, felizmente, o caso da maior parte da União Europeia", acrescentou.No
elogio que fez às 'startups' portuguesas, o Presidente da República
assinalou que têm "mais jovens" e "mais mulheres" e uma "maior
distribuição nacional", e saudou o "investimento do poder político"
nestas empresas.No final do seu discurso,
Marcelo Rebelo de Sousa confidenciou: "Estava a sonhar com a 'startup'
que eu criaria, algo sobre as condições ideais para nadar, fazer surf e
bodyboard nos arredores de Lisboa"."Portanto,
veem, continuo a sonhar, e um dia terei uma 'startup'", disse,
convidando Paddy Cosgrave, cofundador da Web Summit, a contactá-lo
quando no fim deste seu segundo e último mandato presidencial.Lusa/Fim