PPM quer ouvir entidades açorianas sobre avião chinês que aterrou em Ponta Delgada
Vírus
3 de fev. de 2020, 12:10
— Lusa/AO Online
O partido chamou ao parlamento dos Açores a
secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, a secretária
regional da Saúde e o coordenador do Gabinete de Apoio à Comunicação
Social do executivo açoriano."A audição de
todos estes responsáveis tem como propósito o esclarecimento cabal
referente à atuação das entidades regionais referenciadas no âmbito da
falsificação de informação e possível favorecimento no caso do avião
privado chinês que aterrou em Ponta Delgada, no dia 01 de fevereiro
[sábado]", concretiza o PPM.O gabinete de
imprensa do Governo dos Açores sublinhou no domingo que a coordenadora
regional de Saúde Pública, Ana Rita Eusébio, e o delegado de Saúde
Pública de Ponta Delgada, Eduardo Cunha Vaz, confirmaram não existir
qualquer "risco específico" para a saúde pública relacionado com o voo
particular que aterrou sábado no Aeroporto de Ponta Delgada, proveniente
do Haiti.O referido voo "saiu de Hong Kong há mais de 15 dias, tendo passado por Japão, Islândia, França e Haiti", referiu o executivo."Nenhum
dos 11 passageiros e três tripulantes provém de Wuhan, na China, nenhum
teve qualquer contacto com pessoas suspeitas de infeção por coronavírus
e nenhum apresenta qualquer sinal ou sintoma de doença", lia-se na
nota.Como tal, sublinhou o executivo açoriano, "não existem critérios clínicos e epidemiológicos para casos suspeitos".A
transportadora SATA enviou esta segunda-feira também uma nota à imprensa indicando
que "nenhum passageiro proveniente do referido voo embarcou em voo da
Azores Airlines com destino a Lisboa". No
domingo, e questionada sobre o avião com passageiros chineses que
aterrou no sábado em Ponta Delgada, depois de lhe ter sido recusada a
aterragem em outros países, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas,
referiu que nenhum dos passageiros vinha de Wuhan.A
responsável indicou que foram as autoridades alfandegárias açorianas a
contactar as autoridades de saúde, que fizeram um inquérito
epidemiológico e recolheram a história clínica dos passageiros.Alguns
órgãos de comunicação social avançaram que os passageiros do avião em
causa terão sido impedidos de desembarcar na Islândia e nas Bahamas,
devido ao receio do coronavírus.A China
elevou hoje para 362 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do
surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV)
detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei
(centro).