PPM quer aumentar valor das diárias dos doentes deslocados
Açores/Eleições
19 de out. de 2020, 14:43
— Lusa/AO Online
"O
que acontece é que estas diárias não cobrem nem pouco mais ou menos um
conjunto de despesas associadas à deslocação, refeições, ao alojamento e
a todas as despesas dos doentes deslocados", disse à agência Lusa o
líder do PPM nos Açores e candidato às regionais do próximo domingo pelo
Corvo, Paulo Estêvão.O atual deputado
regional, eleito pelo Corvo, esteve hoje em campanha eleitoral nas
Flores, acompanhado pelo líder nacional, Gonçalo da Câmara Pereira, e
pelo candidato pela ilha Gustavo Alves.Paulo
Estêvão disse que o pagamento das ajudas “também não é processado de
imediato", o que "causa problemas sobretudo às famílias mais
desfavorecidas" e a quem "tem uma quebra muito acentuada nos rendimentos
por estar tanto tempo deslocado".Por
isso, o PPM “compromete-se nestas eleições a aumentar o apoio para as
diárias aos doentes deslocados", avançando ainda com um outro projeto
que "tem sido aceite com entusiasmo por parte das pessoas", para criar
"em Lisboa uma residencial da administração regional (da Secretaria da
Saúde e da Solidariedade Social) que possa apoiar a nível social, de
saúde e a nível psicológico, e alojar os açorianos" que se deslocam à
capital para tratamentos médicos."E são
muitos os açorianos que têm de ir a tratamentos a Lisboa e que se sentem
muito desapoiados. Ainda por cima, estão a enfrentar situações difíceis
do ponto de vista da doença e, portanto, estão muito fragilizados",
denunciou.O valor das ajudas diárias pago
aos doentes deslocados, acrescentou, "não é uniforme" e "é majorado de
forma diferente" de caso para caso, dependendo de fatores como "o
rendimento, a patologia que estão a enfrentar e o período de duração do
tratamento"."Neste momento não nos estamos
a comprometer com um valor, porque temos a consciência absoluta de que
não temos verdadeiramente conhecimento da situação financeira que
estamos a enfrentar e não sabemos quanto tempo é que a pandemia se irá
manter, que dificuldades económicas é que isto irá criar. Mas, o nosso
compromisso é aumentar estas diárias em todas as circunstâncias",
referiu. Outra prioridade do PPM é a
fixação de médicos, nomeadamente nas ilhas mais periféricas: "Somos
confrontados permanentemente com quadros que têm necessidades muitíssimo
superiores à dotação atual, o que obriga os poucos clínicos que temos
nas ilhas mais periféricas a um esforço mais significativo”.Segundo
o monárquico, também o problema das cirurgia em atraso se "acentuou
muito com a pandemia", tal como a aposta inicial do executivo socialista
de enviar médicos especialistas às várias ilhas, para evitar a
deslocação de doentes, tem neste momento uma resposta “muitíssimo
insuficiente”. "Não há uma deslocação
regular de médicos especialistas e nem sequer é previsível. E nem sequer
há uma calendarização", criticou o candidato, dizendo que ao longo da
legislatura que agora termina solicitou "muitas vezes" a calendarização
das deslocação.O candidato, que visitou as
instalações da Unidade de Saúde de Santa Cruz das Flores, chamou ainda a
atenção para “a deficiência dos cuidados de saúde que são neste momento
prestados na ilha”, com problemas nas instalações e "falta de muitos
meios tecnológicos fundamentais".O PPM concorre às eleições em todos os círculos, sendo que, no Corvo, apresenta uma candidatura em coligação com o CDS-PP.Há
13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa
Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre,
PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estão inscritos para votar 228.999
eleitores.