Autor: Lusa/AO Online
Em nota de imprensa, o deputado do PPM na Assembleia Legislativa Regional, Paulo Estêvão, refere que ao longo desses 25 dias existiram ocasiões em que o abastecimento não foi realizado devido à “incompetência” e “incúria” da empresa Barcos do Pico.
O PPM, que integra o Governo dos Açores, refere que a empresa atua com “total impunidade, desrespeitando ostensivamente o contrato que a obriga a realizar o serviço de transporte regular de mercadorias” entre as ilhas do Faial, Corvo e Flores.
“O grau de incumprimento contratual da empresa Barcos do Pico é de tal ordem que estão certamente reunidas as condições para que se possa proceder à imediata cessação do mesmo”, lê-se no comunicado.
O PPM considera “falso” que o estado do mar “tenha impedido” o abastecimento desde 20 de novembro e salienta que a empresa não adquiriu nenhuma embarcação com capacidade de realizar regularmente o abastecimento durante o inverno.
O monárquico pede ainda a demissão do presidente do Fundo Regional de Apoio à Coesão e Desenvolvimento Económico, João Miguel Roque Filipe, devido às “responsabilidades” na elaboração do contrato.
O deputado refere que o Governo Regional, liderado pelo PSD, está “consciente da premência da resolução do abastecimento marítimo regular ao Corvo” e que já está “a agir com sentido de urgência” para a “resolução do assunto”.
Como exemplo, Estêvão refere que o executivo açoriano, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, contratou um voo suplementar para efetuar o abastecimento por via área.
“O PPM tem a
absoluta certeza de que o Governo Regional irá proceder, o mais
rapidamente possível, à realização de um novo contrato com uma empresa
que tenha realmente navios com características que lhes permitam
realizar o abastecimento marítimo [ao Corvo]”, assinala o comunicado.