PPM admite voto contra Orçamento e Plano da Região

Assembleia Legislativa Regional

10 de nov. de 2009, 17:50 — Lusa / AO online

"O nosso sentido de voto será negativo a menos que o Governo demonstre alguma abertura às propostas que iremos apresentar porque o Plano Regional Anual e o Orçamento da Região para 2010 são praticamente decalcados de anos anteriores", criticou o deputado Paulo Estêvão, em declarações à agência Lusa. Paulo Estêvão, que esta terça-feira deu uma conferência de imprensa, adiantou que o PPM vai apresentar "um grande número de propostas de alteração", acusando o Executivo açoriano de "não desenvolver novas politicas". "No entanto, não esperamos qualquer abertura do Governo Regional tendo em conta a arrogância que caracteriza a sua atitude", afirmou Paulo Estêvão, lembrando que no ano passado o PPM "apresentou 24 propostas de alteração, mas todas chumbadas". Segundo Paulo Estêvão, que é líder regional do PPM, o orçamento para 2010 "significa a continuação de politicas que não promovem o crescimento económico e se limitam a dividir 1427 milhões de euros sem estratégia e perspectiva de futuro". "Há uma quebra no investimento público directo, nomeadamente nos programas de desenvolvimento do turismo e no financiamento às empresas. Está totalmente ausente a preocupação em promover alternativas organizacionais para a agricultura e a pesca que funcionam em paradigmas com morte anunciada para muito breve", apontou o deputado eleito pelo Corvo. Paulo Estêvão acusou ainda o Executivo regional socialista de "não conseguir inverter a dependência em relação ao exterior", alegando que "as receitas próprias representam apenas 50,2 por cento do orçamento previsto para 2010". "Qualquer alteração na conjuntura nacional e europeia - no sentido da redução das transferências - encontrará uma região com um tecido económico completamente paralisado, afogado em despesas de funcionamento percentualmente insustentáveis", alertou. No caso do Corvo, o deputado afirmou que a verba destinada à mais pequena ilha açoriana "é insignificante" para desenvolver "politicas de coesão face a várias décadas de abandono".