PPM acusa ex-vice-presidente de estar contra congresso por não ter sido reconduzida
30 de abr. de 2024, 12:41
— Lusa
Em declarações à
agência Lusa, Paulo Estêvão garantiu que a divulgação e a organização
do congresso cumpriram com “todas as normas legais”, em reação ao
anúncio de impugnação por parte da primeira vice-presidente
demissionária do PPM, Aline Hall de Beuvink.“Desta
vez, não foi convidada para integrar as listas, logo, está contra. Está
contra não ter sido incluída. Não está contra os procedimentos, senão
já teria estado contra em anteriores congressos que foram marcados
exatamente da mesma forma”, afirmou Estêvão.O
também líder do PPM nos Açores disse que o congresso foi publicitado na
comunicação social e em Diário da República, tal como aconteceu nas
reuniões de 2014 e 2019 em que Aline Hall de Beuvink foi eleita
vice-presidente.Paulo Estêvão lembrou
ainda que aqueles congressos aconteceram na Horta, nos Açores, a
propósito das críticas de Aline Hall de Beuvink acerca da realização do
congresso na ilha açoriana do Corvo.“As
propostas que foram feitas para a realização noutros locais não
apresentaram nenhuma capacidade de organização ou responsabilização para
preparar o congresso. O congresso tem sido realizado nos Açores porque é
a única estrutura ativa. Não há mais nenhuma estrutura com essa
capacidade”, justificou.O secretário-geral
do PPM destacou que a estrutura regional dos Açores é a “única com
êxito político”, uma vez que elege para a Assembleia Regional desde 2008
de forma isolada (à exceção das eleições regionais deste ano em que
concorreram coligados com CDS-PP e PSD).O
também secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades no
Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) assegurou que foram disponibilizadas
aos participantes cópias do regulamento do congresso.“A
comissão organizadora tinha uma listagem das pessoas que estavam na
sala, verificou-se a sua condição de militante e verificou-se se a quota
estava paga. Isso foi feito com todos os militantes”, acrescentou. Paulo
Estêvão acusou ainda a ex-vice-presidente do partido de não ter
participado em nenhuma reunião para preparar o congresso, nem de ter
submetido moções ou propostas para a alteração dos estatutos.“Por
inerência, a ex-vice-presidente do partido fez parte do conselho
nacional. Foram marcadas quatro ou cinco reuniões para preparação do
congresso e em nenhuma delas a senhora vice-presidente esteve presente.
Faltou a todas as reuniões de marcação do congresso”, visou.O
secretário-geral dos monárquicos afirmou que os estatutos previam a
participação dos militantes das regiões autónomas por videoconferência,
mas que não “estava previsto um regime de reciprocidade” para os
militantes do continente: “Essa alteração ao estatuto foi feita e foi
feita antes de qualquer declaração”, assinalou.À
agência Lusa, Aline Hall de Beuvink detalhou que o 26.º Congresso do
PPM decorreu durante a tarde de domingo, entre as 14:00 e as 19:00, no
Corvo e contou com a participação de 33 pessoas, apenas três vindas do
continente.Segundo disse, houve uma
“quantidade de irregularidades” que não cumprem os estatutos, dando como
exemplo a forma como o congresso foi anunciado, uma vez que “não houve
comunicação aos militantes”, e o facto de não haver uma lista de
militantes à entrada do congresso.