PPM/Açores repudia expressões "grosseiras e falsas" do PS sobre Governo e ilha do Corvo
29 de dez. de 2021, 15:00
— Lusa/AO Online
“O Partido
Socialista produziu, esta semana, declarações absolutamente inaceitáveis
a respeito do Governo Regional, utilizando expressões baixas, soezes,
grosseiras e falsas, a respeito do desempenho deste na ilha do Corvo”,
declara o PPM, em nota de imprensa, apontando a “gravidade e a falsidade
das afirmações produzidas”.O
PPM refere que a visita estatutária do executivo à ilha do Corvo
durante o corrente ano “não se realizou no período previamente
programado devido à falta de alojamento na ilha”.Acresce
que “estando a decorrer já a pré-campanha eleitoral para a Assembleia
da República, o Governo Regional decidiu realizar a visita referente a
2021 logo após as eleições legislativas de 30 de janeiro, realizando-se,
posteriormente, a visita referente a 2022 no final do próximo ano”.Segundo
o PPM, se a visita “estivesse a realizar-se no presente momento, o PS
estaria agora a falar de aproveitamento eleitoral no âmbito da visita
estatutária”.Na
terça-feira, o Secretariado de Ilha do PS do Corvo considerou que o
atual Governo dos Açores “ignora completamente” aquela ilha, por não ter
ali promovido uma visita estatutária.Em
nota de imprensa, o PS referiu ser “uma desilusão ter um Governo
Regional que ignora completamente a ilha do Corvo, um presidente que
prefere passar uma semana nos Estados Unidos em vez de concretizar a
visita estatutária à ilha do Corvo, como fez questão de anunciar e não
cumprir".Os
monárquicos dos Açores, liderados por Paulo Estevão, consideram que o
Governo Regional “tem, aliás, tudo para realizar uma visita triunfal à
ilha do Corvo”, exemplificando que “resolveu o problema do abastecimento
marítimo de mercadorias que o Governo Regional socialista deixou como
herança”.“O
abastecimento está a ser feito com regularidade. Até agora não se
registou uma única falha no serviço. A ilha do Corvo chegou a ficar, nos
últimos dois anos, 50 dias consecutivos sem abastecimento marítimo de
mercadorias e de combustível, algo que aconteceu, de forma reiterada, ao
longo dos dois anos em causa", diz o PPM.Aquele
partido refere que a "falta de vontade do Governo socialista para
resolver a questão do abastecimento ao longo de todo este tempo é que
significou uma atitude de desprezo pela população da ilha", tendo
"faltado tudo durante meses”.“Nem sequer os produtos de Natal chegaram nos anos anteriores”, alertou.O
PPM recorda que a empresa Barcos do Pico, a quem foi adjudicado, por
ajuste direto, o serviço do transporte marítimo de mercadorias, “não foi
capaz de realizar, com os seus navios, uma única viagem entre as ilhas
do Faial e do Corvo, ao longo de dois anos”.O
PPM salvaguarda que os serviços de urgência e de socorro, incluindo a
deslocação de rebocadores, de voos extraordinários da SATA e de aviões
da Força Aérea, que “tiveram de ser acionados devido à rutura de stocks,
que resultou da brutal incompetência da empresa Barcos do Pico e do
anterior Governo Regional socialista, custaram cerca de um milhão e
trezentos mil euros ao erário público”.“Tendo
ficado amplamente demonstrada e documentada, ao longo de dois anos, a
total incapacidade dos operadores regionais para abastecerem
regularmente a ilha do Corvo depois do furacão Lorenzo, surpreende a
falta de vergonha na cara – é disso que se trata - de alguns
responsáveis atuais e até ex-deputados socialistas, para afirmarem,
contra todas as evidências, o contrário”, afirma o PPM.Os
monárquicos dizem que o Governo socialista “deixou as instalações da
Unidade de Saúde da ilha do Corvo ao nível do terceiro mundo e nunca
reconheceu a necessidade de a requalificar”, e “foi o atual Governo
Regional que se comprometeu a realizar a obra e desenhou o projeto”.Acresce
que os governos socialistas “deixaram os alunos da Escola do Corvo sem
refeições escolares durante 21 anos”, tendo sido a "imensa pressão do
PPM na legislatura anterior que desbloqueou o assunto”.O
PPM aponta que, no caso específico da obra de ampliação da Aerogare e
do Quartel de Bombeiros da ilha do Corvo, o PS “deveria ter a
competência técnica necessária para saber que o Governo Regional já
transferiu a verbas inscritas no Plano para 2021 para a SATA - Gestão de
Aeródromos, que é a entidade a quem compete abrir o procedimento
concursal". “O
Governo Regional tem tudo para fazer uma deslocação histórica à ilha do
Corvo. Nunca nenhum Governo dos Açores fez tanto pela ilha do Corvo em
tão pouco tempo. As críticas do PS local ao atual Governo Regional
constituem um ato desesperado de quem vê os outros fazer o que ele nem
sequer ousou sonhar”, conclui o PPM.