PPM/Açores defende que "estes são tempos para o altruísmo político”
15 de set. de 2022, 14:08
— Lusa/AO Online
“A
estabilidade governativa é algo essencial nas presentes circunstâncias.
Estes são tempos para o compromisso e para o altruísmo político. O mais
importante é proteger as populações da atual turbulência económica e
social”, afirmou o deputado monárquico Gustavo Alves, após uma reunião
com o líder do executivo açoriano, na sede da Presidência, em Ponta
Delgada.O presidente do Governo dos Açores
(PSD/CDS-PP/PPM), o social-democrata José Manuel Bolieiro, está a
receber os partidos políticos a propósito da elaboração das
antepropostas de Plano e Orçamento para 2023, que devem ser discutidos
em novembro na Assembleia Regional.Quando
questionado sobre as declarações do deputado independente Carlos
Furtado, Gustavo Alves rejeitou que o PPM tenha rasgado o acordo de
incidência parlamentar que suporta o Governo Regional.Para
suportar o executivo açoriano, o PSD firmou um acordo de incidência
parlamentar com a Iniciativa Liberal (IL), enquanto a coligação
PSD/CDS-PP/PPM assinou com o Chega.Na
segunda-feira, o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) revelou
que está a ponderar a continuidade do apoio ao governo açoriano,
acusando o PPM, que integra o executivo, de “rasgar” o acordo
parlamentar devido ao orçamento da Assembleia Regional.Hoje,
Gustavo Alves insistiu que, perante um “contexto económico tão difícil,
o PPM continuará a ser um referencial de estabilidade e de
compromisso”.Segundo disse, o partido
pretende incluir no próximo Orçamento da região “mecanismos de combate à
inflação e à perda de poder de compra das populações”.“Este
reforço das políticas sociais tem de ser feita através da melhoria dos
instrumentos de apoio social criados, sem afetar a redução da carga
fiscal em vigor e sem implicar o aumento da gigantesca dívida regional
herdada da governação socialista”, vincou.A
propósito do Plano e Orçamento dos Açores para 2023, Gustavo Alves
avançou que os monárquicos querem implementar “políticas de combate à
desertificação demográfica” e “à falta de habitação”.“Não
é possível fixar população, ou mesmo permitir a simples circulação, e a
instalação de técnicos e especialistas de diversas áreas nestas ilhas,
como professores, médicos ou enfermeiros (…) se o problema [da
habitação] não for encarado de frente”, destacou.