PPM/Açores apela aos partidos da oposição que “não deitem tudo a perder”
20 de nov. de 2023, 19:54
— Lusa
“Precisamos de um Orçamento
[Regional para 2024] aprovado e de um Governo [PSD/CDS-PP/PPM] no uso
de todas as suas competências. Não deitem tudo a perder. Se o fizerem
estarão a cometer um dos maiores erros da nossa História, a penalizar
gravemente os açorianos”, afirmou Paulo Estêvão.Insistindo
nos apelos à aprovação do orçamento, o deputado pediu para que não se
coloquem “interesses pessoais e políticos acima dos interesses dos
Açores”.“Estamos a poucos meses de
disputar as próximas eleições em total normalidade, é bom que quem
ganhar, nós ou quem se opõe a este Governo, tenha todas as condições
orçamentais e de Governo para prosseguir este impulso histórico de
crescimento e de criação de riqueza. Todos somos Açores. Todos temos o
dever de colocar os interesses dos Açores acima de tudo o resto”, disse.O
deputado e líder do PPM açoriano, que falava hoje no plenário do
parlamento regional, na Horta, no arranque da discussão do Plano e
Orçamento da região para o próximo ano, lembrou que os Açores “estão a
viver um período de crescimento económico e de emprego histórico”, nunca
tendo a região crescido “tanto e de forma tão rápida”. Na
sua intervenção, dirigindo-se a Vasco Cordeiro, líder parlamentar do
PS/Açores, e aos líderes do BE e da Iniciativa Liberal (IL), o deputado
acusou-os de pretendem “derrubar o Governo dos Açores pela via do chumbo
do Plano e Orçamento”, mas alertou que “não é isso que está escrito e
previsto” no Estatuto da Região e na Constituição da República.“O
chumbo do Orçamento não implica a demissão do Governo e a dissolução do
parlamento. As leis, o Estatuto e a Constituição são assuntos demasiado
sérios para serem rabiscados e adulterados por voluntariosos”, afirmou
Paulo Estêvão.O Plano e o Orçamento dos
Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões de euros, começou hoje a
ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta,
onde a votação na generalidade deverá acontecer na quarta-feira ou na
quinta-feira.O terceiro Orçamento da
legislatura regional é o primeiro a ser votado após a IL e o deputado
independente terem denunciado em março os acordos escritos que
asseguravam a maioria parlamentar ao Governo dos Açores.Antes
do arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na
generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que
poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.A
Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na
atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM,
dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito
pelo Chega).