Autor: Lusa/AO Online
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), com 28 mandatos, menos sete do que os que obteve em 2019, não tem possibilidade de se juntar a outros partidos, à esquerda, que conseguiram lugares suficientes no parlamento regional e formar governo.
A União do Povo Leonês conseguiu três lugares, mais dois, Soria Já entra para o parlamento com três deputados (sendo o partido mais votado na região mais despovoada de Espanha, que lhe dá nome), Unidas Podemos elege um deputado (perde um), Por Ávila mantém o deputado que já tinha e Cidadãos fica só com um lugar.
Nas eleições para o parlamento regional, o Cidadãos foi o grande derrotado, perdendo 11 lugares em relação a 2019 e ficando apenas com o cabeça de lista, Francisco Igea.
Na noite eleitoral, o grande vencedor foi o partido de extrema-direita Vox, que passou de um para 13 lugares no parlamento de Castela e Leão. O presidente do partido, Santiago Abascal, já disse que, com os resultados, o Vox “tem o direito e o dever de formar um governo”, divergindo de experiências noutras regiões, em que apenas presta apoio parlamentar.
Numa primeira reação, o PSOE assinalou que o PP marcou as eleições antecipadas para vencer com maioria absoluta, mas “muda de parceiro e para pior”, para conseguir a maioria necessária de 41 deputados.
Nas eleições anteriores, em 2019, o PSOE foi o mais votado, mas foi o PP quem governou, coligado com o Cidadãos.
Quando estão contados quase todos os votos, o presidente do governo de Castela e Leão e candidato do PP à reeleição, Alfonso Fernández Mañueco, que convocou as eleições, já disse que está “muito satisfeito com o resultado” e acrescentou que irá “dialogar com todos”.
“Vou dialogar com todos, para formar um governo de todos e para todos”, disse.
O candidato do PSOE, Luis Tudanca, felicitou o candidato do PP pela vitória, disse que o seu partido ficou muito longe dos objetivos, e questionou se as eleições se justificaram, referindo-se à forte presença do Vox.
Alfonso Fernández Mañueco convocou
eleições antecipadas ainda no ano passado, depois de dissolver o
parlamento, alegando falta de lealdade do Cidadãos, parceiro de
coligação.