Posição da Ryanair é “surpreendente” mas “reincidente”
Hoje 10:15
— Lusa/AO Online
José
Manuel Bolieiro recordou que a posição da Ryanair “é reincidente”
porque “já há alguns anos também foi a mesma prática” quando decorriam
negociações.Bolieiro, que falava aos
jornalistas, em Ponta Delgada, na sequência da assinatura de um
protocolo com a FLAD e a Universidade dos Açores, reconheceu que “a
missão que a Ryanair presta aos Açores é importante”, sendo seu desejo
que continue a operar para a região “porque tem uma vantagem mútua para o
arquipélago e para a empresa, que faz um negócio”.O
líder do executivo açoriano afirmou que, “quanto à tentativa de passar
responsabilidades”, pela parte do Governo dos Açores existe a “máxima
tranquilidade” porque “tudo se faz, desde logo a partir da Visit Açores,
que é a instituição que se relaciona diretamente com a Ryanair, que tem
mantido contactos”. “Quanto às alegações
que o comunicado representa, já tive oportunidade de ouvir as reações
quer da ANA Vinci, quer do Governo da República e confirmo a verdade dos
factos”, afirmou Bolieiro.Questionado
sobre se a saída da Ryanair do mercado dos Açores se concretizar,
Bolieiro refere que “há sempre que trabalhar alternativas”, mas
acrescentou que avançar para essas alternativas “quando ainda se está
numa fase negocial e de pressupostos seria pouco recomendável”.Bolieiro
refere que a dinâmica económica, numa eventual saída do mercado da
Ryanair, gera alternativas, como aconteceu em 2023 quando a companhia
promoveu uma redução drástica de voos e abandonou a base de Ponta
Delgada, sendo que este mercado “é muito adaptável e o negócio é muito
volátil”.“Eu tenho preferência que a
Ryanair continue aqui a desempenhar o seu papel, como também desejo que
outras companhias aéreas possam fazer dos Açores uma oportunidade de
negócio e melhorar a nossa acessibilidade em quantidade e qualidade, em
preço e desonerar o custo aos passageiros”, afirmou.