O ano passado, 42,2 por cento das mulheres com
idades entre os 18 e os 49 anos e 53,9% dos homens entre os 18 e os 54
anos não tinham filhos, percentagens que subiram 07 e 12 pontos
percentuais, respetivamente. Das pessoas questionadas, 55,1% das mulheres e 47,3% dos homens disseram que não queriam ter filhos ou não queriam ter mais.Além
disso, 9,7% das pessoas (8,4% mulheres e 11% homens) declararam não ter
nem querer ter filhos, citando como motivos a vontade própria e o facto
de ter filhos não fazer parte do seu projeto de vida. O número médio de filhos desejados também desceu de 2,31 em 2013 para 2,15 em 2019. O
primeiro filho foi tido mais tarde do que o desejado em 45,1% das
mulheres e 58,5% dos homens, por motivos que incluem a falta de
estabilidade financeira e laboral e condições de habitação.Uma
grande maioria (89,8% mulheres e 85,9% homens) defendeu que deve haver
incentivos à natalidade, indicando principalmente horários de trabalho
flexíveis para pais e mães com filhos pequenos, mais acesso a creches,
jardins de infância e atividades de tempos livres.Quanto
a medidas relativas ao rendimento familiar, a maioria das mulheres
considerou mais importante aumentar subsídios para educação, saúde,
habitação ou alimentação e a maior parte dos homens pediu redução de
impostos ou aumento de deduções fiscais para famílias com filhos.No final da década de 1970, o número médio de filhos por mulher era 2,1 e a idade a que tinham o primeiro filho estava nos 24. O
número médio de filhos aumenta em relação com fatores como a idade, o
facto de terem tido irmãos, escolaridade (até ao 3.º ciclo do básico), o
facto de terem cônjuge ou companheira ou companheiro e, no caso dos
homens, ter emprego.Referindo-se às
tarefas domésticas no inquérito à fecundidade, as mulheres são na
maioria dos casos as responsáveis por atividades como lavar e cuidar da
roupa (77,8%), limpar a casa (59,3%), cozinhar (65%), enquanto a tarefa
dominante indicada pelos homens foi fazer pequenos arranjos e restauros
em casa (78,3%).No que toca ao cuidado dos
filhos, os dados indicam que são as mulheres que desempenham
maioritariamente tarefas como estar com os filhos (67,4%), ficar em casa
quando estão doentes (63,7%), levá-los ao médico (55,6%), ajudar a
fazer os trabalhos (46,5%).