Autor: Lusa/AO Online
“Portugal irá corresponder ao pedido do ministro Kuleba, nomeadamente em termos de envio de mais armamento e munições. Não temos armas pesadas que possamos fornecer, outros países terão e nós, coletivamente, vamos apoiá-los”, declarou Gomes Cravinho no final de uma reunião de dois dias dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, na qual participou o ministro ucraniano.
Questionado sobre como foi acolhido o pedido de Kuleba, que à chegada à reunião anunciou desde logo que tinha “uma agenda muito simples, com apenas três pontos: armas, armas e armas", João Gomes Cravinho disse que “toda a gente compreendeu”.
“Toda a gente compreendeu, atendendo à convicção de que estamos agora a passar para uma nova fase da guerra. Infelizmente, não há otimismo sobre um prazo para uma eventual cessação de hostilidades. Significa que devemos estar preparados para uma guerra mais prolongada e, naturalmente, isso significa que temos de ter um outro tipo de orientação no nosso apoio à Ucrânia”, declarou.
Quanto à urgência no envio de armas reclamada pelas autoridades ucranianas, que dizem precisar de mais armamento numa questão de dias e não de semanas, o ministro português disse acreditar que será possível fazer chegar rapidamente ao terreno o apoio militar suplementar.
“Acredito
que sim. Isto é matéria, naturalmente, da minha colega ministra de
Defesa [Helena Carreiras], que está a trabalhar nisso, mas acredito que
sim. É uma questão de termos os mecanismos de transporte. Nós temos os
nossos próprios, o C130. O C130 é um avião que tem uma capacidade de
carga relativamente limitada e, portanto, se beneficiarmos do apoio de
outros países, poderemos fazer chegar mais armas mais rapidamente”,
disse.