Portugal vai contribuir para fundo Juncker através da banca

20 de mar. de 2015, 16:57 — Lusa/AO Online

  "A contribuição financeira de Portugal será em moldes muito parecidos com os que foram anunciados por outros países, quer a França, quer a Itália, quer a Alemanha, quer a Espanha", disse Passos Coelho, no final do Conselho Europeu. "Esses países decidiram que não apoiariam diretamente, que não colocariam dinheiro diretamente, não seriam acionistas desse fundo", sublinhou, em conferência de imprensa. À semelhança de outros Estados-membros, Portugal vai criar linhas de crédito complementares às que estarão disponíveis no fundo Juncker de investimento (como é conhecido) ao nível do sistema financeiro, como bancos de desenvolvimento, explicou o primeiro-ministro. Portugal, disse, encara "a possibilidade de a Instituição Financeira de Desenvolvimento vir a abrir uma linha de crédito" sublinhando que "o montante está a ser estudado a nível do Ministério das Finanças". Questionado sobre a possibilidade de haver projetos apresentados no modelo de parceria público-privada, o primeiro-ministro admitiu essa hipótese, sublinhando que "os projetos correm por conta e risco de privados". "Se houver riscos, estes correm por conta dos privados e não dos contribuintes", salientou. O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, disse também, deve ser fundamentalmente canalizado para "apoiar investimento privado", podendo ainda financiar projetos de interesse comum, relevantes para o mercado interno. Passos Coelho disse ainda que o critério para avaliar os projetos a apoiar seja técnico e não político.