Ciência
Portugal tem cinco cientistas por cada mil trabalhadores
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse esta terça-feira em Guimarães que o investimento feito em ciência nos últimos quatro anos fez com Portugal tenha, actualmente, cinco cientistas por cada mil trabalhadores, um rácio próximo da média da União Europeia.

Autor: Lusa/AO Online

"Pela primeira vez, em 2008 o Estado investiu um por cento da riqueza nacional em investigação científica", afirmou, sublinhando que o investimento governamental foi acompanhado pelo sector privado, "que ainda investiu mais".

O governante falava durante a cerimónia de inauguração do novo laboratório do Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), localizado em Guimarães e que tem como missão "converter ideias em produtos".

No acto participaram o ministro da Ciência, Mariano Gago, o secretário de Estado da Indústria, Castro Guerra, o Governador civil de Braga, Fernando Moniz, o presidente da Câmara, António Magalhães, o Reitor da Universidade do Minho, Guimarães Rodrigues, o presidente da Escola de Engenharia, António Cunha e o director do PIEP, Rui Magalhaes.

José Sócrates lembrou que o investimento na ciência passa, ainda, pelo apoio dado ao doutoramento de 1.500 investigadores por ano, e pela atribuição de duas mil bolsas/ano para investigadores.

Disse ainda que a aposta na ciência foi feita "apesar do esforço de contenção orçamental" a que o Governo foi forçado, acentuando que, em 2006, ano em que o défice das contas publicas foi apenas de 2,6 por cento do PIB - "o menor de sempre em democracia" - , o sector da ciência viu aumentado o investimento público.

O primeiro-ministro ligou a aposta na investigação ao lançamento do Plano Tecnológico, que classificou como "um esforço colectivo, do Estado das empresas e das famílias, no sentido de modernizar o país".

O PIEP integra, com o Centro de Computação Gráfica e o Centro de Valorização de Resíduos, o pólo de Ciência da Universidade do Minho em Guimarães,

Criado em 18 de Abril de 2001, tem dado resposta às necessidades de investigação, desenvolvimento e inovação dos seus associados e clientes, com base em conhecimento diferenciado nos domínios tecnológicos estratégicos, materializando a vocação de desenvolvimento de «know-how» em estreita articulação com a indústria.

Com uma área de 3000 m2 e um investimento superior a 6,5 milhões de euros, as novas instalações situadas no Campus de Azurém, reúnem condições de excelência para o exercício da actividade de I&DT em parceria com a indústria nacional e estrangeira.

Em 2008, o PIEP registou um volume de negócios de 1,5 milhões de euros sustentado por um crescimento anual de 47 por cento.

Do seu conjunto de 41 associados fazem parte empresas ligadas à transformação de plásticos (e sectores afins), o IAPMEI, a Universidade do Minho e associações empresariais, e outras entidades públicas.