Portugal Tech II pretende mobilizar 250 ME de investimentos em capital de risco
Web Summit
2 de nov. de 2021, 13:48
— Lusa/AO Online
"No total, o Portugal Tech II
visa mobilizar 250 milhões de euros de investimentos em capital de risco
para apoiar projetos de transferência de tecnologia de universidades
para o mercado, e também 'startups' de base tecnológica e elevado
potencial em áreas como a inteligência artificial, 'machine learning',
'fintech', 'health tech' e cibersegurança", refere o Ministério da
Economia."O fundo de capitalização que
constituímos com verbas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] que
nos serão disponibilizadas conta à partida com 1.300 milhões de euros,
esses 1.300 milhões de euros vão servir um leque muito alargado de
oportunidades de capitalização para as empresas portuguesas, quer para
apoiar a recapitalização de empresas mais afetadas pela pandemia, quer
para apoiar a capitalização de empresas que precisam de crescer ou
também de continuar a alimentar o nosso ecossistema de
empreendedorismo", afirmou o ministro do Estado, da Economia e da
Transição Digital, aos jornalistas.Dos
programas "que vamos apoiar nestes 1.300 milhões de euros do fundo de
capitalização, uma parte será através de parcerias com Fundo Europeu de
Investimento, de que este Portugal Tech, versão II é a primeira etapa",
sendo que aqui haverá uma dotação nacional de 50 milhões de euros, aos
quais acrescem mais 50 milhões de euros de recursos europeus.Pedro
Siza Vieira e o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix,
anunciaram hoje a parceria Portugal Tech II naquela que é considerada
uma das maiores cimeiras de tecnologias do mundo.O
programa foi desenvolvido pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI),
parte integrante do Grupo BEI, em cooperação com o Banco Português de
Fomento (BPF), e tem como objetivo apoiar o desenvolvimento da indústria
de capital de risco em Portugal."As
'startups' portuguesas que passaram pela rede de incubadoras nos últimos
10 anos valem, em termos de volume de vendas, 13 mil milhões de euros, o
que é muito significativo no conjunto da nossa economia e sobretudo têm
uma grande capacidade de crescimento acelerado", acrescentou o ministro
da Economia.O Portugal Tech II irá
selecionar fundos de capital de risco geridos por equipas privadas
portuguesas com "'track-record' relevante nos segmentos de 'venture
capital', transferência de tecnologia e aceleração, que demonstrem ser
capazes de levantar capital junto de investidores privados e
institucionais", segundo o Ministério da Economia.O
novo programa é inspirado no Portugal Tech I, que foi lançado em 2018 e
"que tem sido reconhecido pelo sucesso ao mobilizar capital privado e
gerar cerca de cinco euros de investimentos por cada um euro de
financiamento nacional". Com um processo
de investimento independente e uma rápida capacidade de execução, o
programa tem como parceiros alguns dos mais destacados gestores de
capital de risco em Portugal – Indico Capital Partners, Armilar Venture
Partners e Faber Capital. "Através dos
seus fundos – que se encontram ainda em fase de investimento –, o
Portugal Tech I ajudou a financiar uma longa lista de empresas de base
tecnológica com ADN português, das quais são exemplo a Bizay, a Sword
Health, a Tonic App, a iLof, a Unbabel, a Infraspeak, a Casafari, a
Anchorage, a Student Finance, a Barkyn, a Findster, a Codacy, a Raws, a
Ydata e a Eattasty", adianta o Ministério da Economia.A
Web Summit decorre entre 01 e 04 de novembro em Lisboa, em modo
presencial, depois de a última edição ter sido ‘online’ e a organização
espera cerca de 40 mil participantes, segundo revelou, em setembro,
Paddy Cosgrave, presidente executivo da cimeira.A
comediante Amy Poehler, o presidente da Microsoft Brad Smith, a
comissária europeia Margrethe Vestager e o jogador de futebol Gerard
Pique irão juntar-se aos mais de 1.000 oradores, às cerca de 1.250
'startups', 1.500 jornalistas e mais de 700 investidores, numa cimeira
na qual serão discutidos temas como tecnologia e sociedade, entre
outros, de acordo com a organização.Apesar
do número previsto de visitantes ser este ano cerca de menos 30 mil do
que na última edição presencial, em 2019, as autoridades consideram que
se trata do "maior evento de 2021" a ter lugar em Lisboa.