Autor: LUSA/AO Online
“Apesar das 25 ocorrências que já registámos desde a meia-noite não
há neste momento incêndios ativos em Portugal continental”, adiantou
Patrícia Gaspar. Na sexta-feira ainda foram registadas algumas
ocorrências e durante a madrugada foi possível dominar o incêndio de
Mangualde, uma reativação que tinha surgido durante a tarde, adiantou. Segundo
Patrícia Gaspar, os principais incêndios dos últimos dias no concelho
da Sertã e de Nisa estão em fase de conclusão, “com meios no local e
operações de vigilância, prontos para responder a eventuais
reativações”. “Neste momento concentramos ainda quatro grupos de
reforço empenhados designadamente na Sertã e em Nisa, que são incêndios
que têm um perímetro muito vasto”, sublinhou. A responsável
adiantou, no ‘briefing’ na sede da ANPC, em Carnaxide, que, na
sexta-feira, “foram desmobilizadas as duas equipas terrestres e não foi
acionado, para já, nenhum meio aéreo”. “Mantemos a porta aberta
para eventuais necessidades em termos de meios aéreos caso ao longo do
dia seja necessário, mas neste momento o único avião estrangeiro que
está em Portugal é de Marrocos, que permanece na base área de Monte
Real”, acrescentou à Lusa. Adiantou ainda que, cerca das 10:00, as vias estavam todas circuláveis. No ‘briefing’, Patrícia Gaspar afirmou que se mantém “o alerta
laranja”, uma situação que, contudo, irá ser reavaliada, durante o dia
de hoje. A Proteção Civil tem estado em “estreita articulação”
com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera para ir atualizando as
informações meteorológicas para os próximos dias. Durante o dia
de hoje mantêm-se as temperaturas elevadas que podem atingir os 35 e os
37 graus no interior centro e sul e em especial nos distritos de Castelo
Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro. Para domingo e
segunda-feira prevê-se uma ligeira descida das temperaturas, mas ainda
persiste o vento forte com rajadas até 55 quilómetros por hora,
sobretudo a sul do Cabo Carvoeiro durante a tarde, que será ainda “mais
intenso” nas terras altas, adiantou Patrícia Gaspar. “A humidade relativa do ar será inferior a 20% em todo o país, embora tenha depois uma boa recuperação noturna”, frisou. Apesar
de serem dois dias com condições não tão desfavoráveis à progressão dos
incêndios florestais, Patrícia Gaspar chamou a atenção para “o risco de
incêndio se manter alto e às vezes até muito elevado em muitos
concelhos do país”. “Portanto, todo o cuidado continua a ser pouco”, vincou. “Estamos no período crítico, em matéria de incêndios florestais, pelo
que o uso do fogo junto aos espaços florestais é proibido”, lembrou.