Num
comunicado conjunto, os ministérios da Defesa Nacional, dos Negócios
Estrangeiros, da Presidência e da Administração Interna adiantam que a
chegada deste grupo resulta de uma operação conjunta que envolveu as
autoridades portuguesas e norte-americanas. O
grupo foi acolhido provisoriamente em unidades de acolhimento da Grande
Lisboa, devendo ser transferidos, posteriormente, para habitações
autónomas de norte a sul do país.No
final de agosto, o ministro da Administração Interna disse que Portugal
tem capacidade financeira para acolher “na casa das centenas” de
refugiados afegãos, com prioridade para mulheres, crianças, ativistas e
jornalistas. “Em
Portugal temos capacidade financeira, no âmbito do Fundo Asilo e
Migração gerido pelo Ministério da Administração Interna, para acolher,
com os atuais recursos, pessoas na casa das centenas”, declarou Eduardo
Cabrita.Falando
à imprensa portuguesa em Bruxelas, no final de uma reunião dos
ministros do Interior da União Europeia (UE) sobre o Afeganistão, o
governante assinalou ser “uma questão de gestão de recursos”, notando
que “as prioridades de Portugal estão definidas” e assentam em receber
pessoas dos grupos mais vulneráveis, isto é, “mulheres, designadamente
mulheres magistradas, crianças, ativistas de direitos humanos e
jornalistas”.Horas
depois de a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ter
apontado um total de cerca de 400 pessoas que poderão ser acolhidas em
Portugal, Eduardo Cabrita admitiu até “um pouco além disso”, mas
rejeitou fixar quotas, reforçando antes “a capacidade para assumir essa
responsabilidade na casa das centenas”.Os
talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva
iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares
norte-americanas e da NATO, que se encontravam no país desde 2001, na
sequência do combate à Al-Qaida após os atentados terroristas de 11 de
setembro de 2001.