Portugal recebe Europeus de corta-mato com a maior comitiva de sempre
Hoje 11:42
— Lusa/AO Online
Depois
de Oeiras, em 1997, Albufeira, em 2010, e Lisboa, em 2019, Portugal
volta a ser palco da discussão dos títulos continentais de crosse, cinco
vezes conquistados por atletas lusos: Paulo Guerra venceu em quatro
ocasiões e Jéssica Augusto, a única a vencer em casa, foi campeã uma
vez.O vice-presidente da Federação
Portuguesa de Atletismo foi o primeiro campeão europeu da especialidade,
em 1994, num pódio em que foi secundado por Domingos Castro, o atual
líder federativo.Logo na primeira edição,
disputada em Alnwick, em Inglaterra, Portugal juntou a essas duas
medalhas a vitória coletiva no masculino e o bronze por equipas no
feminino.Essas foram as primeiras quatro
das 59 medalhas conquistadas pela seleção lusa em 30 edições, com Paulo
Guerra a reeditar os triunfos individuais, em 1995, novamente em
Alnwick, em 1999, em Velenje, na Eslovénia, e em 2000, em Malmö, na
Suécia, tendo ainda sido segundo em 1996, em Charleroi, na Bélgica.O
‘queniano branco’, como ficou conhecido o alentejano de Barrancos,
ainda só é superado no historial pelo ucraniano Serhiy Lebid, nove vezes
campeão da Europa, assegurando a permanência neste segundo lugar devido
à ausência do norueguês Jakob Ingebrigtsen, que, em 2024, conquistou o
seu terceiro cetro.No feminino, a turca de
origem queniana Yasemin Can é a dominadora, com quatro vitórias, num
palmarés que conta com a agora favoritíssima Nadia Battocletti, italiana
que chegou finalmente ao título no ano passado, depois das
‘dobradinhas’ em juniores e em sub-23.Jéssica
Augusto, que tal como Guerra é embaixadora da competição em Lagoa, foi a
única portuguesa a vencer entre a elite, há precisamente 15 anos, em 12
de dezembro de 2010, numa corrida, na pista das Açoteias, em Albufeira,
em que se impôs com autoridade e Dulce Félix foi terceira.Nessa
edição, além destes dois ‘metais’, Portugal alcançou ainda o ouro
coletivo no masculino, a prata no feminino e os bronzes na prova
principal e em juniores por Yousef El Kalai e Rui Pinto, respetivamente,
além do segundo lugar com a equipa de juniores masculinos.Estas
sete medalhas correspondem à edição mais laureada de Portugal, que,
além das vitórias em seniores, conta ainda com triunfos individuais de
Inês Monteiro, em 1999, e Jéssica Augusto, no ano seguinte, em juniores.Além
de Castro e Guerra, também Eduardo Henriques conquistou a prata em
seniores, em 1999 – a que juntou o bronze em 2003 –, tal como Dulce
Félix, em 2011 e 2012, Jéssica Augusto, em 2008, e Analídia Torre, em
2000, no feminino.Contam-se ainda as
chegadas ao pódio, com o terceiro lugar, de Rui Silva, em 2007, El
Kalai, em 2010, Inês Monteiro, em 2008, e Dulce Félix, em 2010 e 2013.Mariana
Machado foi terceira em sub-23, em 2021, e em juniores, em 2019, nos
mais recentes pódios nacionais, depois dos segundos lugares na corrida
dos mais jovens de Mónica Rosa, em 1997, e Inês Monteiro, no ano
seguinte.Ainda por estrear para Portugal
está o palmarés na estafeta mista, já disputada nas últimas sete
edições, para a qual a seleção nacional pode apresentar, entre outros,
Isaac Nader (Benfica), juntamente com Salomé Afonso (Benfica),
vice-campeã europeia ‘indoor’ dos 1.500 metros e bronze nos 3.000, Nuno
Pereira (Sporting) e Patrícia Silva (Sporting), bronze nos 800 em pista
curta em Apeldoorn2025.