Portugal quer "quatro ou cinco medalhas" nos Mundiais de maratonas em canoagem
28 de set. de 2022, 12:54
— Lusa/AO Online
“Os
atletas com mais possibilidades são obviamente o José Ramalho na ‘short
race’, na qual defende o título mundial, e na prova longa, na qual tem
sete títulos europeus, além do K2 em que vai fazer equipa com o Fernando
Pimenta”, especificou.Em declarações à
Lusa, Câncio destaca o “excelente momento de forma” do vilacondense de
39 anos, considerando que “a vantagem de conhecer o percurso” pode ser
decisiva para que possa, “finalmente, assegurar o merecido título
mundial”. No seu otimismo de resultados, o
técnico apontou ainda Fernando Pimenta na corrida curta, admitindo que o
desempenho do limiano na regata longa “é uma incógnita, pois não faz
maratonas deste nível desde 2012”.“Pelas
sensações que temos tido, o Ramalho e o Pimenta constituem um K2 que nos
dá algumas garantias de lutar por medalhas”, reforçou o técnico, que
classifica a presença de Pimenta – especialista nas regatas em linha,
com uma prata e um bronze olímpicos – como uma “mais-valia” para a
seleção e para estes Mundiais, “pois ele é um dos maiores embaixadores
internacionais da canoagem”. No lote dos
favoritos a resultados de eleição, Rui Câncio elencou ainda a júnior
Beatriz Fernandes, ouro mundial em C1 200 metros e bronze nos 1.000,
além da prata em C2 500 mistos, que se vai estrear em maratonas
internacionais, mas que “tem mostrado ao longo da época que está mais do
que preparada para este tipo de competição e tem andamento para ir ao
pódio”.Tal como Pimenta, Sérgio Maciel
“conhece muito bem o plano de água” e é candidato aos primeiros lugares,
já que o bronze Europeu em julho na Dinamarca sucedeu a outros êxitos
como o ouro mundial sub-23 em 2018 depois da prata no ano anterior, a
mesma que também tinha conquistado em 2016, na altura enquanto júnior. Os
juniores Francisco Santos, vice-campeão Europeu júnior em K1, e Ana
Brito, que se vai estrear em maratonas internacionais, completam o lote
de “esperanças portuguesas” em Ponte de Lima, “sem esquecer” Joel
Miranda, quarto em C1 no Europeu. “Vamos
ter 41 canoístas neste Mundial, para muitos uma estreia internacional,
enquanto outros regressam após alguns anos de ausência. Todos têm
expectativas diferentes, mas acredito que todos vão dignificar e honrar a
camisola de Portugal”, completou Rui Câncio.O
treinador confia ainda que o percurso “de águas mais baixas” possa
favorecer o desempenho desportivo dos portugueses, pois, regra geral, os
atletas da seleção nacional “são mais leves” do que boa parte dos
rivais. Os Mundiais de maratonas vão juntar 890 canoístas oriundos de 36 países.