Portugal quer finalizar Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas
UE/Presidência
26 de jan. de 2021, 12:56
— Lusa/AO Online
“Queremos
concluir o regulamento do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das
Pescas, que pode contribuir para atenuar os efeitos da crise sanitária e
promover a coesão económica e social das comunidades costeiras,
fomentando um setor viável e competitivo”, referiu Serrão Santos durante
uma sessão de audiências da Comissão das Pescas do Parlamento Europeu
(PE).Apresentado em junho de 2018 pela
Comissão Europeia, o FEAMP procura ajudar os pescadores a transitarem
para uma pesca sustentável e apoiar as economias costeiras a
diversificar as suas economias, tendo o Conselho da União Europeia (UE) –
na altura liderado pela presidência alemã – e o PE chegado a um acordo
político sobre o fundo em 04 de dezembro.Saudando
“o excelente trabalho da presidência alemã”, Serrão Santos sublinhou
que a intenção da presidência portuguesa, “sendo realista, e tendo um
plano de facto realista”, é a de “aprovar o regulamento em Conselho de
ministros por volta de março ou abril”. O
objetivo, segundo o ministro, é o de “compatibilizar a versão do FEAMP
com os regulamentos das disposições comuns do fundo”, para que este
possa entrar em vigor.A finalização do
FEAMP faz parte das três prioridades da presidência portuguesa
identificadas por Serrão Santos no âmbito da política de pescas. Às
negociações dos totais admissíveis de captura (TAC) com o Reino Unido e
com a Noruega - que identificou como sendo a prioridade mais premente
-, o ministro juntou também a necessidade de “obter um acordo geral para
um novo regime europeu de controle da Política Comum das Pescas”.“O
controlo da atividade da pesca é parte integrante da sustentabilidade
que pretendemos alcançar e uma componente essencial da Política Comum
das Pescas. Por isso, Portugal pretende alcançar um acordo político
relativamente à revisão do regulamento de controlo, como instrumento
promotor do cumprimento das normas em vigor, e dissuasor de práticas não
sustentáveis, que simultaneamente seja eficaz, simples mas
proporcional”, apontou.Classificando este
regulamento como “uma das charneiras” da presidência portuguesa, Serrão
Santos referiu também que se trata de um “dossiê complexo”.“Estamos empenhados em alcançar uma orientação geral em maio, e julgo que mais que isto será difícil”, informou. Serrão
Santos salientou ainda que a Política Comum das Pescas é relevante para
a presidência portuguesa, como testemunha a organização de uma “reunião
ministerial de pescas que terá lugar em junho, em Lisboa”.“Todos
os ministros da UE serão convidados a discutir os desafios futuros
desta política na procura de uma atividade de pesca sustentável,
rentável e competitiva, em linha com os objetivos do desenvolvimento
sustentável e com a estratégia de biodiversidade”, sublinhou.