Portugal luta por título mundial e vaga olímpica em Huntington Beach
ISA World Surfing Games
14 de set. de 2022, 15:52
— Lusa/AO Online
Nas
águas da Califórnia, nos Estados Unidos, estarão em ação as atletas
olímpicas Yolanda Hopkins, vice-campeã mundial em 2021, e Teresa
Bonvalot, bronze no ano passado, acompanhadas, no feminino, por
Francisca Veselko.No masculino, que em
2021 ‘rendeu’ uma medalha de bronze, os convocados pelo selecionador
David Raimundo são Frederico Morais, que falhou Tóquio2020 devido à
covid-19, Guilherme Ribeiro e Guilherme Fonseca.“Portugal
tem-se vindo a afirmar a nível de seleções, nos últimos anos, como uma
das grandes potências. Fomos três vezes vice-campeões do mundo, no ano
passado terceiros em El Salvador. Como é óbvio, Portugal tem sempre
aspirações de lutar pelos títulos, chegar às fases finais de
competições. Neste caso, em ciclo olímpico, vamos tentar, em masculinos e
femininos, garantir uma primeira vaga para Portugal”, resume o
selecionador, em entrevista à Lusa.A prova
qualificará um atleta do país que vencer o título mundial masculino e
feminino, e não quem vencer a título individual, no arranque da
qualificação para Paris2024, que terá as competições de surf em
Teahuppo, na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa.Sempre
“com o objetivo de lutar pela qualificação”, 2022 é “o ano mais
difícil”, com “as grandes potências do surf mundial representadas ao
mais alto nível”.Para se bater com eles,
Portugal terá “surfistas com qualidade e experiência, que têm mostrado
nos World Surfing Games que podem ganhar a qualquer atleta”.A
ambição de chegar ao título mundial vem de trás, e essa “ambição de
vencer” mantém-se nos Estados Unidos, aliada à presença de atletas que,
mais do que a título individual, aqui competem “por um objetivo global, a
lutar por dignificar a bandeira”.“Quando
começámos o ciclo olímpico anterior, toda a gente se riu porque eu disse
que íamos lutar pelas quatro vagas, o máximo possível. Conseguimos
três”, lembra o selecionador.Para
Paris2024, podem qualificar-se, por um país, até um máximo de seis
atletas este ano, o que será “uma tarefa muito, muito difícil”, mas que
“enquanto for possível” será o objetivo.“Com
a qualidade dos nossos atletas, que têm demonstrado, temos todas as
possibilidades de lutar de igual para igual com todas as outras
seleções. No que for a parte que podemos controlar, ao nível da
preparação, estratégia, vontade, vamos ser das seleções mais bem
preparadas para lutar por esse objetivo”, reforça o técnico.Entre
o quadro principal e as repescagens, para quem perde numa ‘heat’, mas
ainda tem chance de tentar chegar ao título, estes torneios da ISA podem
tornar-se “muito desgastantes”, ainda para mais “na onda mais difícil
de competir a nível mundial”, em Huntington Beach.Em
2022 e 2024, as equipas vencedoras dos World Surfing Games podem
qualificar um atleta de cada género, e em 2023, os melhores
classificados de cada continente (Europa, África, Ásia e Oceania)
conquistam uma vaga por género, enquanto a vaga do continente americano
será atribuída nos Jogos Pan-americanos.Em
2024, qualificam-se os cinco melhores masculinos e sete femininos dos
World Surfing Games, aos quais se juntarão dois representantes para
França, enquanto país organizador e uma vaga "universal" para o Comité
Olímpico Internacional.Existem ainda as
vagas pela via da World Surf League, através do World Tour, no qual
Portugal não tem, este ano, qualquer representante.