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Aprendizagem ao longo da vida
Portugal longe dos objectivos traçados pela UE
O número de adultos portugueses a participar em programas de aprendizagem ao longo da vida é ainda diminuto, estando Portugal longe de alcançar os objectivos traçados pela Estratégia de Lisboa até 2010, revela um relatório da União Europeia.

Autor: Lusa/AO online
O documento da UE sobre os objectivos da Educação até 2010, definidos na Estratégia de Lisboa, refere que Portugal é um dos piores países da União em termos de aprendizagem ao longo da vida entre a população dos 25 aos 64 anos.

    Segundo o relatório, Portugal apenas evoluiu um ponto percentual entre 2000 e 2007 no número de adultos a participarem em programas de aprendizagem, passando de 3,4 para 4,4 por cento.

    A meta traçada pela UE até 2010 é que cada estado-membro atinja os 12,5 por cento de população activa entre os 25 e os 64 anos a participar em programas de formação e aprendizagem.

    De acordo com o relatório, Portugal é também um dos países da União Europeia com a mais alta taxa de abandono escolar, só fincando atrás de Malta. No entanto, a UE destaca a evolução positiva registada entre 2000 e 2007 neste domínio, quando a taxa passou de 42,6 por cento para 36,3 por cento.

    Apesar dos progressos, o relatório destaca que é necessário baixar estes valores, uma vez que o objectivo da Estratégia de Lisboa para 2010 se situa nos 20 por cento de abandono escolar.

    Portugal também registou "progressos substanciais" no número de alunos que terminou o ensino secundário, embora ainda esteja aquém da meta traçada para 2010, refere o documento.

    Segundo o relatório, Portugal evoluiu 10 pontos percentuais entre 2000 e 2007, tendo actualmente uma percentagem pessoas entre os 20 e os 24 anos que concluíram o ensino secundário de 53,4 por cento.

    Os baixos níveis de leitura e de iliteracia dos alunos portugueses com 15 anos também tem registado pequenos progressos, segundo o relatório, tendo melhorado em seis anos 1,4 pontos percentuais.

    O relatório da União Europeia sobre os objectivos para a Educação até 2010, definidos na Estratégia de Lisboa, destaca pela positiva, no caso português, o aumento de licenciaturas em matemática, ciências e tecnologia.

    De acordo com o documento, Portugal alcançou entre 2000 e 2005 os melhores resultados na UE, tendo as licenciaturas naquelas áreas aumentada 13,1 por cento em cinco anos.