Portugal junta-se a nova greve estudantil com cada vez mais cidades
Clima
22 de mai. de 2019, 12:11
— Lusa/AO Online
Depois do protesto estudantil em
defesa do planeta que, em meados de março, juntou 1,6 milhões de
estudantes de mais de uma centena de países, os jovens preparam-se agora
para um novo evento.Em Portugal, a
iniciativa tem vindo a ganhar seguidores: em março aderiram 26
localidades e para o protesto de sexta-feira já estão agendadas ações
para 32, segundo dados da organização da “Greve Climática Estudantil
Portugal”.Nos Açores, na ilha de São Miguel, os jovens estudantes vão concentrar-se junto às Portas da Cidade, em Ponta Delgada, entre as 10h30 e as 15 horas.Estes alunos juntam-se a
estudantes de outros países que também já anunciaram a sua
participação no protesto inspirado na jovem ativista sueca Greta
Thunberg.No verão do ano passado, a
estudante começou sozinha uma greve às aulas manifestando-se em frente
ao parlamento sueco de onde esperava ver tomadas medidas no sentido de
revolver a crise climática.A 15 de março,
1,6 milhões de estudantes inspirados na sueca de 16 anos também saíram à
rua para exigir dos políticos ações concretas contra as alterações
climáticas. Segundo a página eletrónica
www.fridaysforfuture.org, que reúne as informações dos protestos a nível
mundial, já aderiram à iniciativa de sexta-feira 111 países e há
protestos agendados para 1.387 cidades, mas os números têm vindo a ser
atualizados.Para Portugal, por exemplo, só
estão registadas cinco cidades no “www.fridaysforfuture.org” – em
Lisboa, Lamego, Funchal, Celorico da Beira e Viana do Castelo - quando
na realidade já estão anunciadas ações em 32 localidades.Contra
o aquecimento global, os jovens dizem que não querem como herança um
planeta quase a morrer, que é o resultado de políticas erradas ou da
simples inércia dos governantes, alertando que o tempo está a esgotar-se
para lhes reservar um futuro. “A nossa
principal exigência ao Governo português é que faça da resolução da
crise climática a sua prioridade, cumprindo com todo o zelo e respeito o
Acordo de Paris e as metas estabelecidas pela União Europeia”, defendem
os representantes portugueses da greve climática estudantil”.A
proibição da exploração dos combustíveis fósseis em Portugal, a meta
para a neutralidade carbónica ser reduzida para 2030, e não 2050, como
previsto pelo Governo são duas das medidas que os jovens querem ver em
prática.A luta dos alunos é também pela
expansão significativa das energias renováveis, em especial a solar, por
passar uma produção elétrica 100% assegurada por energias renováveis
até 2030 e pelo encerramento das duas centrais elétricas ainda movidas a
carvão - central de Sines e central do Pego.O
melhoramento eficiente e drástico do sistema de transportes públicos,
de maneira a que possam substituir o uso do transporte particular é
outra das lutas dos jovens que pedem aos governantes para agirem.