Portugal já recebeu primeiras 2.700 doses de vacinas
Monkeypox
5 de jul. de 2022, 15:17
— Lusa/AO Online
“As
primeiras entregas de vacinas contra a varíola dos macacos chegaram a
Portugal para proteger os cidadãos portugueses e responder ao surto de
Monkeypox”, disse a comissária, numa declaração à Lusa.Stella
Kyriakides sublinhou que no espaço de duas semanas a Comissão Europeia
adquiriu cerca de 110 mil doses de vacinas e iniciou as entregas aos
países mais afetados, tendo Espanha sido o primeiro Estado-membro a
receber uma remessa, de 5.300 doses, em 28 de junho.Na
ocasião, a Comissão Europeia, que negociou a compra de um total de
109.090 doses da vacina de terceira geração à farmacêutica Bavarian
Nordic, indicou que seguir-se-iam Portugal, Alemanha e Bélgica, entre
julho e agosto.“Este trabalho vai agora
continuar e intensificar-se à medida que nos encaminhamos para outro
período de outono e inverno, com a pandemia da covid-19 por perto",
assinalou a comissária à Lusa.“Esta é uma
União Europeia de Saúde que produz resultados tangíveis para as pessoas,
com a nossa Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências
Sanitárias (HERA) a reagir rapidamente e a adquirir vacinas para todos
os Estados-membros que manifestaram a sua necessidade”, comentou a
comissária europeia da Saúde.De acordo com
os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados na
passada quinta-feira, os casos de Monkeypox em Portugal ultrapassaram os
400, tendo sido já notificados também casos na Madeira.Segundo
a DGS, todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61
anos, tendo a maioria menos de 40 anos, que se mantêm em acompanhamento
clínico, encontrando-se estáveis. “A
maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do
Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões do continente (Norte,
Centro, Alentejo e Algarve) e na Região Autónoma da Madeira”, referiu a
autoridade de saúde.Na sexta-feira, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o número de infeções pelo
vírus Monkeypox triplicou nas últimas duas semanas na Europa, onde já
foram confirmados em laboratório mais de 4.500 casos em 31 países e
territórios.“A região europeia da OMS
representa quase 90% de todos os casos confirmados globalmente em
laboratório e reportados desde meados de maio”, alertou o diretor da
organização para a Europa em comunicado.Os
sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores
musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com
o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.As
lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início
da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro
ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam
e caem. O número de lesões numa pessoa
pode variar, tendem a aparecer na cara, mas podem alastrar-se para o
resto do corpo e mesmo atingir as palmas das mãos e plantas dos pés.
Também podem ser encontradas na boca, órgãos genitais e olhos.Estes sinais e sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.