Portugal foi o segundo país da UE mais afetado por fogos florestais em 2020
29 de out. de 2021, 12:25
— Lusa/AO Online
O
relatório de 2020 sobre os incêndios florestais, que se baseia nos
relatórios nacionais, mostra que a Roménia foi o país mais afetado,
seguido por Portugal, Espanha e Itália, tendo ardido no conjunto da UE
cerca de 340.000 hectares, o que corresponde a uma superfície 30 %
superior à do Luxemburgo.O
21.º relatório anual sobre os incêndios florestais na Europa, no Médio
Oriente e no Norte de África, apresentado pelo Centro Comum de
Investigação (JRC) da Comissão Europeia estima também que a época de
incêndios em 2021 será pior, dado que, à data da publicação do
relatório, “quase 500 mil de hectares, 61% dos quais florestas que
levarão anos a recuperar, foram destruídos pelas chamas”.Este
ano, “cerca de 25% das zonas ardidas na Europa situavam-se em sítios
Natura 2000, os reservatórios de biodiversidade da UE”, tendo no final
de junho, altura que costuma marcar o início da época de incêndios,
ardido já cerca de 130.000 hectares.Por
outro lado, os incêndios já não afetam apenas os Estados meridionais,
mas constituem agora uma ameaça crescente também para a Europa Central e
Setentrional. Uma
outra nota é a de que os efeitos das alterações climáticas são cada vez
mais evidentes, verificando-se, segundo o documento, uma tendência
crescente, claramente observável, de aumento dos riscos de incêndio,
épocas de incêndio mais longas e intensos «mega incêndios» que se
propagam rapidamente e relativamente aos quais os meios tradicionais de
combate a incêndios pouco podem fazer.