Portugal falha acesso à final ao perder nos penáltis com Espanha
Hóquei/Mundial
21 de set. de 2024, 19:59
— Lusa/AO Online
Portugal
desperdiçou uma vantagem de dois golos no tempo regulamentar e, na
‘lotaria’ dos penáltis, a seleção nacional apenas transformou com êxito a
primeira grande penalidade e perdeu assim a oportunidade de voltar a
disputar o troféu com a Argentina, numa reedição das duas últimas finais
(2019, quando conquistou o seu último título, e 2022, quando perdeu na
Argentina).A seleção lusa, que procurava
alcançar o seu 17.º título mundial e igualar a recordista Espanha,
defrontará assim, no domingo, no jogo de atribuição do terceiro lugar, a
anfitriã Itália, hoje derrotada por 5-4 pela Argentina, constituindo o
eventual bronze parca consolação para Portugal, que chegou a estar a
vencer por 2-0 e também esteve em vantagem nos penáltis.Num
recinto praticamente esgotado, o encontro começou sob o signo do
equilíbrio, embora Ângelo Girão fosse chamado mais vezes a intervir do
que o guardião espanhol. Foi necessário esperar pelo minuto 13 para a
primeira grande ocasião de golo, num remate de Pau Bargalló ao poste.Depois,
seguiram-se minutos de frenesim, no rinque e no marcador, com Portugal a
chegar a uma vantagem de dois golos. Hélder Nunes inaugurou o marcador
aos 16 minutos, num lance em que o jogador do FC Porto foi atingido no
rosto e teve de ser assistido. Mal o jogo foi reatado, a seleção
nacional ampliou para 2-0, por Xavi Cardoso (17).No
entanto, Portugal, que neste Mundial de Novara já revelara momentos de
descontração na gestão de vantagens no marcador, permitiu imediatamente a
seguir uma incrível ‘remontada’ espanhola no espaço de apenas dois
minutos, durante os quais sofreu três golos.Poucos
segundos depois do segundo golo de Portugal, a Espanha reduziu por
intermédio de Marc Grau, que ‘bisou’ no minuto seguinte (18) para
restabelecer a igualdade. Aos 19 minutos, Ignacio Alabart completou a
reviravolta e colocou pela primeira vez a seleção espanhola na frente do
marcador.Portugal conseguiria atenuar
esta reação espanhola ao voltar a colocar o marcador igualado aos 23
minutos, num ‘disparo’ de longe de Hélder Nunes (3-3), mas, uma vez
mais, voltou a sofrer um golo imediatamente a seguir, desta feita da
autoria do ‘capitão’ espanhol Pau Bargalló, novo reforço do Benfica
(24), e foi para o intervalo em desvantagem no marcador.Tal
como no primeiro tempo, os primeiros minutos da segunda parte também
foram pautados pelo equilíbrio e sem grandes oportunidades de golo,
embora com a seleção espanhola a ameaçar mais a baliza portuguesa, tendo
sido necessário esperar pelo minuto 35 para as primeiras grandes
emoções, com um remate de José Miranda ao poste da baliza espanhola, ao
que Espanha respondeu também com um remate ao ferro no minuto seguinte,
por Sergi Aragonès.Aos 40 minutos, numa
altura em que o golo podia surgir para qualquer lado, Portugal
restabeleceu a igualdade, novamente por intermédio de Hélder Nunes, que
chegava ao seu sexto tento na prova, e teve excelente oportunidade de
voltar a passar para a frente do marcador no minuto seguinte, mas, na
marcação de um livre direto, Gonçalo Alves permitiu a defesa de Grau.A
dois minutos do fim, numa altura em que o jogo estava incaracterístico,
com muitas paragens, sucederam-se dois golos de ‘rajada’ e, desta vez,
foi Portugal que soube responder a Espanha: Pau Bargalló ‘bisou’ na
partida e colocou os espanhóis em vantagem (5-4, aos 48 minutos), mas no
minuto seguinte José Miranda estreou-se a marcar no Mundial com um
forte ‘tiro’ de longe e voltou a restabelecer o empate (5-5, 49 minutos)
e a levar o jogo para prolongamento.No
tempo extra, e depois de uma primeira parte sem oportunidades claras,
Portugal esteve perto de marcar no início do segundo tempo, com o poste a
impedir o golo de João Rodrigues, tendo Girão travado as tentativas de
Espanha, quase sempre com Bargalló como intérprete.A
decisão ficou então reservada para as grandes penalidades, que até
começaram bem para Portugal, mas o primeiro penálti, convertido por João
Rodrigues, foi o único transformado com sucesso, enquanto a Espanha
marcou dois, o segundo dos quais pelo ‘inevitável’ Pau Bargalló, a
‘estrela’ que o Benfica foi buscar ao FC Barcelona e que hoje
desequilibrou os pratos da balança a favor da Espanha.