Portugal está a preparar envio de mais 160 toneladas de material
Ucrânia
17 de mai. de 2022, 16:33
— Lusa/AO Online
À
saída daquela que foi a sua primeira reunião ao nível da União Europeia
desde que assumiu a pasta da Defesa, Helena Carreiras apontou que o
ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, que participou por
videoconferência, fez “uma avaliação otimista” da situação no terreno,
mas reforçou a ideia de que a Ucrânia continua a necessitar de apoio, “e
apoio de equipamento pesado para fazer face aos desafios que ainda
têm”.Segundo a ministra, há “a perceção de
todos de que há uma guerra que está para continuar” e, da parte de
todos os Estados-membros, a ideia de que os 27 devem continuar a
fazê-lo, tendo mesmo o Alto Representante da UE para a Política Externa e
de Segurança, Josep Borrell, terminado a reunião “pedindo aos
Estados-membros que continuem a apoiar a Ucrânia, porque é preciso
sustentar a resistência do povo ucraniano e das forças armadas
ucranianas”, disse.Helena Carreiras
reiterou que Portugal continuará, assim como os seus aliados, a prestar
apoio “na medida das possibilidades”, anunciando então o envio, em
breve, de mais material, militar e não só.“Como
foi noticiado, mandámos numa primeira fase 170 toneladas, mais ou
menos, de material militar letal e não letal, mas também outro tipo de
material. Estamos agora a preparar um novo envio de mais 160 toneladas
de material, e gostaria de destacar a diversidade dos nossos apoios”,
afirmou. A ministra salientou que “não se
trata apenas de equipamento militar, trata-se também de apoio médico e
sanitário e humanitário”, tendo também Portugal já manifestado
“disponibilidade para receber feridos ucranianos” – o que ainda não
sucedeu -, além do acolhimento de refugiados ucranianos. “Há,
portanto, aqui uma grande variedade de apoios, sendo que falámos nesta
reunião também da continuidade de apoio relacionado com treino, por
exemplo, ou desminagem, numa fase posterior. Vamos continuar a conversar
sobre o que são as necessidades da Ucrânia, porque é de facto isso que
está em causa”, afirmou.Fazendo um balanço
da sua estreia em Conselhos ministeriais em Bruxelas, a ministra da
Defesa admitiu ter ficado positivamente surpreendida pela “determinação e
união” dos 27, designadamente em relação à Ucrânia.“Foi
uma reunião que me surpreendeu, a primeira reunião em que participo
aliás como ministra da Defesa, pela forma como encontrei determinação e
união dos ministros de um modo geral naquilo que são as questões que nos
ocupam hoje”, disse, sublinhando designadamente o “apoio generalizado” à
Ucrânia face à agressão militar russa de que está a ser alvo.