Portugal em “condições de avançar” para terceira fase do desconfinamento
Covid-19
23 de set. de 2021, 16:05
— Lusa/AO Online
“Estamos agora em
condições de poder avançar para a terceira fase” do plano de alívio das
restrições impostas para controlar a pandemia que começou a ser
implementado a 01 de agosto, referiu António Costa, em conferência de
imprensa, após o Conselho de Ministros.O primeiro-ministro disse que neste momento, Portugal tem uma taxa de vacinação completa de 83,4% da população.“De
acordo com as previsões da `task force´, ao longo da próxima semana é
previsível que alcancemos a taxa de vacinação que tínhamos fixado como
objetivo, de 85% da população portuguesa vacinada”, adiantou António
Costa.Segundo dados comparativos
internacionais, Portugal está em “primeiro lugar na percentagem de
população com vacinação completa, bastante à frente de vários outros
países da Europa (...) e também de outros países do mundo”, avançou
ainda o primeiro-ministro.Na conferência
de imprensa, António Costa recordou que este plano de retoma da
normalidade das atividades foi desenvolvido “em função do que era
previsível ser a execução do plano de vacinação”, que, a 01 de agosto,
estava com 57% da população totalmente vacinada.A
segunda fase do desconfinamento arrancou também em agosto, numa altura
em que 70% dos portugueses já tinham a vacinação completa contra o vírus
SARS-CoV-2.“Aquilo que, entretanto,
decorreu permitiu-nos confirmar as condições para avançarmos para a
segunda fase e estamos agora em condições de avançar para a terceira
fase”, salientou António Costa.De acordo
com o primeiro-ministro, a evolução da incidência e do risco de
transmissibilidade do vírus (Rt) estão hoje “muito próximos” dos valores
que estes indicadores registavam a 09 de março, quando se iniciou o
primeiro desconfinamento, que foi, entretanto, suspenso.“Temos
hoje uma taxa de incidência de 140 pessoas infetadas por 100 mil
habitantes, quando então tínhamos 118, e temos agora um Rt de 0,81,
quando tínhamos então 0,78”, adiantou António Costa, para quem a “grande
diferença tem a ver com o impacto da vacinação”.Atualmente
já não se verifica “praticamente distinção entre a taxa de incidência
em função das faixas etárias”, o que confirma que a vacinação “foi e é
determinante” para continuar a baixar os números da pandemia, adiantou.Para
António Costa, a redução da incidência e do Rt “teve um impacto muito
positivo” também na gravidade da doença, estando hoje internadas por Covid-19 um total de 426 pessoas e 75 em unidades de cuidados
intensivos, um “nível reduzidíssimo” em comparação a outros períodos da
pandemia.