Portugal e outros cinco países da UE acolhem 182 migrantes do “Ocean Viking”
Migrações
25 de set. de 2019, 17:40
— Lusa/AO Online
O
executivo italiano informou que os 182 migrantes que desembarcaram na
terça-feira no porto de Messina, na ilha da Sicília (sul de Itália),
irão para a Alemanha (50 pessoas), França (50 pessoas), Portugal (20
pessoas), Irlanda (duas pessoas) e Luxemburgo (duas pessoas).Os
restantes 58 migrantes vão ficar em Itália em “estruturas da
Conferência Episcopal italiana, sem encargos para o Estado”, referiu um
comunicado do Governo italiano, citado pelas agências internacionais,
lembrando que esta fórmula de acolhimento de migrantes já tinha sido
utilizada no passado pelo país.O Governo
liderado por Giuseppe Conte precisou ainda que as autoridades locais
estão a identificar as 182 pessoas resgatadas para que estas sejam
posteriormente distribuídas pelos países que aceitaram o acolhimento.O
navio “Ocean Viking” rumou, entretanto, para Marselha (França) para
substituição de tripulação e para efetuar “alguns preparativos para
enfrentar as baixas temperaturas”, explicou a MSF nas redes sociais,
acrescentando que a embarcação seguirá novamente para o Mediterrâneo
Central (a rota migratória que sai da Argélia, Tunísia ou Líbia em
direção à Itália e a Malta).Os migrantes
socorridos pelo “Ocean Viking” obtiveram autorização para desembarcar no
porto de Messina após os ministros do Interior de Malta, Itália, França
e Alemanha terem alcançado na segunda-feira em La Valetta um pré-acordo
para uma distribuição automática dos migrantes resgatados no
Mediterrâneo Central.O documento em
questão será debatido pelos restantes parceiros comunitários no
Luxemburgo numa reunião agendada para dia 8 de outubro.O
objetivo é que o maior número possível de países europeus integre este
acordo, que pretende acabar com os processos negociais e diplomáticos
difíceis - com as conversações caso a caso - que têm estado associados
aos migrantes resgatados ao largo da Líbia, a grande parte socorridos
por embarcações de ONG.Portugal tem sido um dos países da UE que tem participado ativamente em todos os processos de acolhimento.O
porto de Messina não recebia migrantes desde que o anterior Governo
italiano, que contava então nas suas fileiras com Matteo Salvini como
ministro do Interior, decidiu aplicar uma política de “portos fechados”.