Portugal é facilitador do diálogo mundial

25 de set. de 2010, 08:54 — Lusa/AO Online

A intervenção de José Sócrates na sessão de abertura da 65.ª Assembleia Geral das Nações Unidas acontecerá ao fim da manhã em Nova Iorque e deverá ter como segunda linha de força a necessidade de respeito pelo direito internacional. Depois de ter dedicado o dia de sexta a contactos bilaterais com chefes de Estado e de Governo de outros países, tendo em vista a promoção da candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Sócrates afirmou ter “esperança” na eleição de Portugal para este órgão internacional, em que concorre com a Alemanha e o Canadá. “Tenho muita esperança que um país facilitador de diálogo, como é o caso de Portugal, que sempre lutou pelo direito internacional, possa obter maior confiança”, afirmou o primeiro ministro aos jornalistas portugueses na sexta feira. Nas Nações Unidas, José Sócrates também tem frisado que, conjuntamente com o Presidente da República, se tem empenhado para que o português seja língua de trabalho nas Nações Unidas. “O português é hoje uma das línguas europeias com vocação internacional e estamos a promover esforços para que nas diferentes instituições das Nações Unidas o português possa ser considerado uma língua de trabalho, mas isso leva tempo”, declarou. No entanto, o primeiro ministro disse estar a haver uma “mudança significativa nos últimos anos” e que tem a ver com o papel do Brasil. “Com o Brasil a subir no conjunto das nações, a posição de Portugal também sobe. Vejo hoje o Brasil comprometido e empenhado na promoção da língua portuguesa”, disse. Neste contexto, Sócrates mostrou-se otimista que, “mais cedo ou mais tarde”, o português será língua de trabalho nas Nações Unidas.